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Prass vence tabu no gol, mas diz: "É covardia me comparar ao Marcos"

O goleiro do Palmeiras foi o primeiro a defender um pênalti após mais de três anos

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 31/07/2013 às 20:38

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Ao pegar a cobrança de Radamés na vitória por 4 a 0 sobre o Icasa nessa terça-feira, Fernando Prass foi o primeiro goleiro do Palmeiras a defender um pênalti após mais de três anos. Mas ressaltou com mais ênfase à sua contrariedade a qualquer comparação com Marcos, como faz desde sua apresentação no clube, em dezembro.

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“É covardia me comparar ao Marcos pelo histórico que ele tem, pegando pênalti na Libertadores, contra o Corinthians... Não quero me comparar, ocupar lugar nem substituir ninguém. Só quero conquistar meu espaço, e um clube com a história e o tamanho do Palmeiras tem espaço para todos”, disse o camisa 25.

O pênalti histórico que o atual titular citou ocorreu em 6 de junho de 2000, quando Marcos garantiu o Verdão na final da Libertadores daquele ano ao defender a última cobrança na decisão diante Corinthians, executada por Marcelinho Carioca, um dos principais ídolos do arquirrival.

Marcos ainda defendeu outros pênaltis até 2010, seu penúltimo ano como profissional. Naquela temporada, ocorreu a última defesa de penal por um palmeirense, mas não foi feita pelo ídolo. Em 18 de julho de 2010, na reestreia de Luiz Felipe Scolari como técnico do Palmeiras, Deola defendeu a cobrança de Caio, mas levou o gol no rebote na vitória do Avaí por 4 a 2 em Santa Catarina.

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Fernando Prass quebrou um tabu no Palmeiras, ao defender o pênalti contra o Icasa (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

“Soube depois do jogo que fazia tempo que um goleiro do Palmeiras não pegava pênalti”, relatou Prass, que diz ter esperança de não fazer tantas defesas pensando, primeiramente, no sucesso do time. “Tomara que não aconteçam muitos pênaltis contra nós, mas minha expectativa é sempre de pegar”, comentou.

Toda a expectativa do ex-jogador do Vasco, porém, não tem nenhuma ligação com Marcos. Após Deola e Bruno falharem na tentativa de substituir o ídolo, Fernando Prass foi contratado por ser experiente e não sofrer tanto com as cobranças, como tem comprovado neste ano. O veterano, contudo, não se vê como o jogador mais pressionado do elenco.

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“O Marcos, se não é o maior jogador da história do Palmeiras, é um dos maiores. Mas na lateral tem o Djalma Santos, no meio-campo tem o Ademir da Guia, um dos maiores da história do futebol, no atacante tem Edmundo, Evair... É pressão em todas as posições. No time da história do Palmeiras, dificilmente não vai ter uma lenda em qualquer posição. Talvez com o Marcos a pressão seja maior por ele ser mais recente”, apontou.

Em casa, entretanto, Fernando Prass é herói. O goleiro foi recebido com mensagens de carinho dos seus filhos depois do jogo no Pacaembu. E, ao contrário dos sucessores de Marcos, não é tão raro ele defender pênaltis: pelo Vasco, no ano passado, pegou cobranças de Marcelo Moreno, então no Grêmio, e de Júlio César, do Figueirense.

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