Continua depois da publicidade
Perdido. Esta é a palavra que define um sentimento que nem mesmo Dorival Júnior tem coragem de negar. Depois de uma bela vitória em cima do Atlético-MG por 4 a 0, o treinador tem pela frente o Corinthians, em Itaquera. Com a possibilidade de chegar ao G4, mas ciente de que na próxima quarta-feira o Peixe inicia o confronto de mata-mata com o Figueirense pelas quartas de final da Copa do Brasil, Dorival jogou aberto com os jornalistas e admitiu que não sabe o que fazer com sua equipe.
“Eu tenho questionado alguns treinadores e ninguém sabe ao certo o que fazer. Essa é a grande verdade. Não sabemos se devemos tirar 4, 5, 6, se tínhamos que tirar contra a Ponte, que foi quando eu senti a equipe mais desgastada. Tivemos uma semana chuvosa, pegamos muito calor lá (em Campinas), mas também estava calor para a Ponte”, analisou o treinador santista, que tirou a equipe da zona de rebaixamento e a colocou em um patamar entre as melhores do país no momento.
“A gente não sabe. Voltamos com placar negativo (de Campinas). A tendência era que sofrêssemos um pouco mais (contra o Atlético). A gente fica vendido. Você quer tomar algumas atitudes e não sabe o que fazer. Pelo menos com os técnicos que eu conversei, ninguém tem essa resposta”, revelou.
Para o clássico contra o Corinthians, às 11 horas de domingo, em Itaquera, Dorival deve mandar força máxima a campo mais uma vez. O treinador só não poderá contar com Geuvânio, que segue no departamento médico se recuperando de uma lesão na coxa. Incerto do que está fazendo, Dorival vai correr os riscos e buscar os dois objetivos: vaga no G4 do Brasileiro e título da Copa do Brasil.
“São duas competições importantes, e o Santos não vai abrir mão de nenhuma delas, desde que tenha fôlego para chegar. Fico feliz pelo o que a equipe vem produzindo. Deixamos a desejar no jogo de domingo, muito também pelo desgaste. Hoje (quarta), sentimos que o Atlético-MG também teve problemas. Tudo tem de acontecer de maneira natural, desde que busquemos algo a mais”, explicou.
O fato do Santos ter passado quase todo o primeiro turno só brigando para fugir da zona de rebaixamento, na visão de Dorival, faz com que o time não tenha “gordura para queimar” e seja obrigado a encarar todo e qualquer jogo como uma verdadeira final. Mesmo assim, o técnico não esconde sua confiança e empolgação com o que a equipe ainda pode conquistar.
“Acho que este futebol agressivo, envolvente, vai ser importante em algum momento da competição. Até então, fizemos um campeonato de recuperação. Não temos mais direito a tropeços. As coisas ficam difíceis para a equipe assim. Vai ter um momento da competição que, de repente, uma equipe tenha uma condição melhorada na competição. O campeonato não está decidido”, concluiu.