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Portuguesa Santista entra em acordo e leilão de estádio é suspenso

O acerto entre as partes foi definido na última quinta-feira entre representantes das duas partes

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 16/01/2015 às 13:54

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A Portuguesa Santista conseguiu evitar que o terreno do estádio Ulrico Mursa fosse a leilão. O clube formalizou um acordo com o Estoril Palace Hotel, de Registro, cidade no Vale do Ribeira para sanar a dívida de R$ 251 mil que havia colocado em xeque a casa da Briosa.

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O acerto foi definido na última quinta-feira entre representantes das duas partes. O proprietário do estabelecimento, Antonio Carlos Teixeira, confirmou a suspensão do leilão, que seria aberto no dia 20. “O presidente esteve aqui e chegamos a um consenso. O leilão vai ser suspenso e esperamos que o acordo seja cumprido”.

Segundo Teixeira, a conversa com o presidente do clube, José Ciaglia, foi produtiva. “A atual diretoria alega, e realmente procede, é que tudo isso aconteceu em gestões anteriores e eles estão tentando sanar todas as dívidas da Portuguesa Santista. Nós acreditamos nessa boa intenção deles”.

Apesar disso, o terreno, localizado na Avenida Senador Pinheiro Machado, continua vinculado ao acordo até a quitação da dívida. Caso a Briosa descumpra qualquer cláusula, um novo leilão pode ser marcado.

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José Ciaglia explicou que existem diversas pendências, de administrações anteriores, que a atual diretoria trabalha para quitar e que, por isso, um acordo não havia sido realizado anteriormente. “Nós não tínhamos condição de fazer um acordo em função dos outros compromissos, também passados, que nós tínhamos assumido. Tudo estourou quase que na mesma época. Nós não tínhamos condições de arcar com tudo ao mesmo tempo”.

O presidente da Portuguesa Santista agradeceu a compreensão dos proprietários do hotel. “Quando soubemos que já tinha uma hasta pública marcada, nós corremos, conversamos com o credor que foi de uma simpatia sensacional, uma compreensão fora de série. Só com isso que conseguimos fazer sustar o leilão do dia 20. Só temos que agradecer a compreensão do proprietário do hotel e batalhar para cumprir tudo aquilo que prometemos”.

Ciaglia também evitou criticar as administrações anteriores. “As dívidas são da Portuguesa. Seja lá quem for que esteja no comando, a responsabilidade é de procurar resolve-las. É o que nossa diretoria tem feito. São compromissos do clube e a diretoria tem por obrigação de procurar responder”.

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Clube formalizou um acordo com o Estoril Palace Hotel (Foto: Luiz Torres/DL)

Entenda o caso

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo havia determinado o leilão do terreno do estádio Ulrico Mursa, pertencente a Portuguesa Santista, no dia 20 deste mês, para quitar uma dívida do clube criada em 1999. Segundo a 1ª Vara Cível da Comarca de Santos, o terreno, avaliado em R$ 20,5 milhões, foi penhorado devido a uma ação movida pelo Estoril Palace Hotel, de Registro.

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Na época, a Briosa realizou uma pré-temporada na cidade e ficou hospedada por 14 dias no estabelecimento, mas não pagou a conta pelos serviços prestados. Diretorias anteriores chegaram a oferecer os refletores do estádio do estádio para quitar a dívida, o que não foi aceito pelo hotel.

O estádio foi colocado em penhora por outras ações contra o clube. Elas foram citadas no documento pela 1ª Vara Cível da Comarca de Santos. No total, são seis processos, que juntos somam quase R$ 861 mil em dívidas. Segundo uma fonte próxima a Portuguesa Santista, o clube gasta, mensalmente, cerca de R$ 38 mil em dívidas antigas.

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