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Ainda sem convencer na Copa América do Chile, o Brasil enfrentará o Paraguai às 18h30 (de Brasília) deste sábado, no Estádio Collao. Em Concepción, cidade que revelou o talentoso meia Jorge Valdivia, conhecido como Mago, a Seleção tentará recuperar pelo menos parte de seu característico jogo bonito.
Formado nas categorias de base do Colo-Colo, time mais popular do país, Valdivia foi emprestado à Universidad de Concepción em 2003. A equipe local, fundada em 1994 e conhecida como "U de Conce", disputava a primeira temporada de sua história na elite do futebol chileno.
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Então com 19 anos, Jorge Valdivia incorporou o apelido de Mago e brilhou em Concepción. Com o meia inspirado, a equipe fez grande campanha no torneio nacional e, de forma surpreendente, conseguiu se classificar para a Copa Libertadores da América e para a Copa Sul-Americana de 2004.
Ironicamente, uma das principais deficiências do time de Dunga na Copa América é a falta de um meia capaz de municiar o ataque, marca do Mago Valdivia, já classificado para a semifinal com o Chile. No Estádio Collao, com as arquibancadas pintadas de azul e amarelo, cores da U de Conce, o Brasil tentará resgatar a sua criatividade.
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Por enquanto, mesmo sem ter encantado contra Peru (2 a 1), Colômbia (0 a 1) e Venezuela (2 a 1), o Brasil tem recebido assédio dos torcedores locais em Concepción. A cidade é uma das cidades mais afetadas pelo terremoto de 2010 (8,8 graus na Escala Richter) e foi marcada por saques a estabelecimentos comerciais durante a tragédia. Assim como a Seleção Brasileira, chacoalhada pela goleada por 7 a 1 da Alemanha na semifinal da última Copa do Mundo, está em reconstrução.
Nesse processo, o técnico Dunga não conta com o atacante Neymar desde a derrota para a Colômbia, em que o atacante se descontrolou e, por isso, acabou punido pela Conmebol. A aposta do comandante diante dos venezuelanos foi em Robinho e Philippe Coutinho, que deverão ser mantidos contra o Paraguai.
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Titular antes mesmo de Neymar sair de férias, o meia Willian é um dos jogadores apontados pelos próprios paraguaios como capazes de fazer a Seleção Brasileira finalmente brilhar. E ele não tem truques para a sua magia funcionar: “É só jogar como o Brasil gosta, indo para cima do adversário, sem medo, tendo controle do jogo. Logicamente, eles poderão atacar em alguns momentos. Aí, teremos que estar bem ligados”.
Willian não deu importância a um drama vivenciado pela Seleção em 2011, exatamente contra o Paraguai e nas quartas de final de uma Copa América. Naquele torneio, ainda sob o comando de Mano Menezes, o time nacional desperdiçou todos os seus pênaltis após empate sem gols com a bola rolando e foi eliminado.
“O Paraguai é um adversário chato e competitivo, que briga o tempo todo. Sabemos muito bem o que é isso. Houve a eliminação contra eles na última Copa América, mas acredito que será diferente desta vez”, disse Willian. “Basta o Brasil jogar do seu jeito, com alegria”, continuou o Mago brasileiro.
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O Paraguai, no entanto, também jogará à sua maneira – bastante aguerrido. Comandado pelo argentino Ramón Díaz, amigo de Dunga dos tempos em que ambos jogavam no futebol italiano, o adversário ainda está invicto na Copa América. Empatou por 2 a 2 com a Argentina, ganhou por 1 a 0 da Jamaica e empatou por 1 a 1 com o Uruguai.
A baixa paraguaia deverá ser Néstor Ortigoza, que sofreu lesão muscular na rodada passada. Dessa maneira, o ex-vascaíno Eduardo Aranda seria aproveitado no meio-campo também sem tanta magia do Paraguai, porém com disposição de sobra.
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