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Por Neymar, Barça paga 13,5 milhões de euros ao fisco

Com o pagamento, o clube catalão espera se livrar da denúncia feita pelo Ministério Público da Espanha, que indiciou o clube por supostos crimes fiscais na semana passada

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 24/02/2014 às 13:04

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O Barcelona reafirmou nesta segunda-feira que a transação que resultou na contratação de Neymar é legal, mas não deixou de pagar 13,5 milhões de euros (cerca de R$ 43,4 milhões) às autoridades fiscais da Espanha. Com o pagamento, no valor de exatos 13.550.830,56 euros, o clube catalão espera se livrar da denúncia feita pelo Ministério Público da Espanha, que indiciou o clube por supostos crimes fiscais na semana passada.

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"Em vista da existência de uma possível divergência interpretativa quanto às obrigações fiscais derivadas da citada contratação, para saldar qualquer possível dívida tributária desta operação e para melhor defender o nome e a boa reputação de nosso clube, o Barcelona apresentou nesta manhã a correspondente autoliquidação complementar, ainda que estejamos convencidos da licitude no cumprimento das obrigações fiscais", registrou o clube.

"Declaramos que o Barcelona sempre cumpriu com suas obrigações tributárias e que manteve a mais estrita colaboração com a Administração Tributária. O Barcelona não deve nada à Fazenda", reafirmou o Barcelona, na nota oficial. A expectativa inicial era de que o clube pagaria apenas 9 milhões de euros às autoridades.

Com o pagamento de 13,5 milhões ao fisco, o clube viu aumentar para quase 100 milhões o valor pago para ter Neymar no time - equivalente a R$ 321 milhões. Inicialmente, o Barcelona anunciara oficialmente que desembolsara apenas 57,1 milhões pelo então atacante do Santos. No entanto, a cifra aumentou para 86,2 milhões depois que conselheiros do clube contestaram a negociação.

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O Barcelona paga 13,5 milhões de euros ao fisco (Foto: Associated Press)

O então presidente Sandro Rosell resistiu a confirmar o novo valor até que a pressão das autoridades espanholas aumentou e o dirigente acabou renunciando ao cargo. Ele foi substituído por Josep Bartomeu, que anunciou o pagamento total de 86,2 milhões nas transações por Neymar, que incluía adiantamento às empresas do pai do atleta, ainda em 2011.

Ainda não está claro se o Barcelona vai escapar da denúncia do Ministério Público após fazer este novo pagamento. Pela legislação espanhola, uma pessoa física ou jurídica fica livre de qualquer responsabilidade legal se apresentar a declaração complementar antes de ser notificada de que está sendo investigada pela Receita do país.

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Ocorre que o Barcelona já foi notificado pelo juiz Pablo Ruz, mas seu departamento jurídico defende a tese de que, nesse caso específico, o pagamento extra basta para que o clube fique livre de punições.

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