Esportes

Diretor do Corinthians: “Amarilla foi encomendado para nos eliminar”

Roberto de Andrade diz que o árbitro não tinha interesses pessoais na queda corintiana, mas obedeceu ordens

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 16/05/2013 às 14:55

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A pífia atuação do árbitro Carlos Amarilla no empate entre Corinthians e Boca Juniors, na quarta-feira, no Pacaembu, deixou uma certeza no diretor de futebol Roberto de Andrade: o paraguaio apitou com uma missão que cumpriu à risca, eliminando o atual campeão da Copa Libertadores da América. O dirigente do clube foi direto nas críticas, dizendo que não precisava nem de interpretação nas suas palavras.

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“O Amarilla veio apitar com uma encomenda, e devolveu certinho: tirou o Corinthians da Libertadores”, falou Roberto de Andrade à Rádio Globo. “Não existe dúvida. Não há como negar o que estou dizendo. O Amarilla deveria estar preso, mas conseguiu escapar ontem. E não foi só o juiz. Os bandeiras pareciam estar mal colocados de propósito”, acrescentou.

Mesmo inconformado, Roberto de Andrade descartou a possibilidade de acionar a Conmebol contra Amarilla. “É perda de tempo. Se eu preencher um documento, vou gastar o papel e a tinta da máquina à toa. O que posso é falar sobre o sistema falido do futebol sul-americano, do brasileiro e do paulista. O mundo inteiro viu as imagens, e nem um dirigente sequer se manifestou a favor do Corinthians pelas barbaridades que o juiz fez. Da nossa parte, são palavras ao vento, um desgaste que não traz solução, infelizmente. Só nos sobra indignação”, lamentou.

Amarilla deverá ser suspenso pela Conmebol (Foto: Roberto Candia/Associated Press)

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Sobraram também algumas teorias conspiratórias para os corintianos. “O Amarilla veio a mando de alguém. Só não sei quem. Se eu soubesse, não pouparia, mas não dá para saber o interesse nessas coisas nebulosas nas Confederações Sul-americana e Brasileira”, suspeitou novamente Roberto de Andrade, sem levar em consideração o fato de o árbitro ser do Paraguai, onde a Conmebol está sediada. “Se for por isso, vamos todos morar no Paraguai.”

Apesar de não querer viver no Paraguai, o diretor de futebol do Corinthians reconheceu a necessidade de manter uma boa relação com a Conmebol para se sair bem na Libertadores. “Futebol se ganha dentro de campo, com transparência e honestidade. Quando não é assim, podem dormir na porta da Conmebol, que não vão atender. Aqui, no Corinthians, ninguém é bobo, todos sabem que é necessário ter um relacionamento. Mas, quando você não é o escolhido, esquece, não vai mudar. Quem sabe é a vez de o Kalil ser campeão? Não foi a do Corinthians”, concluiu Roberto de Andrade, citando Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG, que tem se aproximado dos mandatários sul-americanos.

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