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A Ponte Preta mais uma vez fez história. Longe de casa e obrigado a jogar em Mogi Mirim, a Macaca contou com o apoio incondicional da torcida no Romildão e não foi ameaçada pelo São Paulo, sob gritos de olé e "chupa, Juvenal". Os tricolores apresentaram falhas defensivas como na partida do Morumbi e deram adeus à Copa Sul-americana com empate em 1 a 1 conquistado nos minutos finais com Luis Fabiano. Enquanto isso, os ponte-pretanos vivem momento de êxtase e apenas esperam a definição do rival na grande decisão.
Os três gols sofridos em casa na última semana obrigavam o time da capital a partir para o ataque desde o apito inicial. A forte defesa montada por Jorginho, no entanto, mostrou que repetiria a noite mágica de José Amalfitani, quando segurou o Vélez Sarsfield e venceu por 2 a 0 na Argentina. E a Macaca ainda foi mais longe, criando o primeiro lance de perigo da semifinal em cabeçada à queima-roupa de Artur para grande defesa de Rogério Ceni.
O goleiro chegou a ter chance em cobrança de falta logo a dois minutos, mas carimbou a barreira e viu seus companheiros caírem de rendimento. Paulo Henrique Ganso foi anulado por Baraka. Coube a Maicon tomar a iniciativa da armação das jogadas, mas Ademílson e Aloísio encontravam dificuldades para dominar a bola. Para piorar, Denilson sentiu mal estar e foi substituído por Wellington na metade da primeira etapa.
Logo na sequência, aos 24 minutos, o São Paulo finalmente assustou. Maicon cruzou da esquerda, Douglas apareceu nas costas de Uendel e cabeceou à direita de Roberto. A Ponte parecia cozinhar o adversário à espera do contra-ataque ideal e conseguiu aos 41 minutos. Elias lançou Uendel na linha de fundo e o lateral esquerdo cruzou para trás. Rodrigo Caio afastou parcialmente, Leonardo bateu firme e o jovem zagueiro atrapalhou Rogério Ceni.
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A bola seguiu viva na grande área e Leonardo, mais uma vez sem marcação, só teve o trabalho de estufar as redes são-paulinas. A festa estava estabelecida no Romildão. Para os tricolores, restou descer para os vestiários ao som do hino ponte-pretano. Para a etapa complementar, os campineiros revidaram o atraso dos visitantes antes da partida e esfriaram os comandados de Muricy Ramalho.
Ganso passou a buscar mais o jogo, mas nada que mudasse o panorama em Mogi Mirim. A defesa seguia insegura e o ataque improdutivo, a ponto de Welliton e Luis Fabiano entrarem nas vagas de Paulo Miranda e Ademílson. Douglas ocupou a lateral direita, enquanto Aloísio e Wellinton se revezariam pelas pontas. Jorginho respondeu com a saída do herói Leonardo para a entrada do marcador Magal e de Elias para Adaílton apostar na velocidade.
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Sem criatividade pelo chão, a solução tricolor seria insistir nos cruzamentos na área, mas Douglas viveu noite infeliz e levou Muricy Ramalho ao desespero a cada erro. Do outro lado, o aproveitamento era maior. Magal recebeu na ponta, cruzou na medida e Adaílton cabeceou com estilo para deixar Rogério Ceni estático no centro do gol, apenas torcendo para a bola sair.
Os dez minutos finais foram de pleno domínio da Macaca. Enquanto Luis Fabiano levava as mãos à cabeça, a torcida ponte-pretana gritava olé nas arquibancadas. Jorginho pedia calma aos jogadores em campo quando Luis Fabiano aproveitou vacilo de Cesar e empatou, mas não evitou mais um feito heroico da Veterana de Campinas.
Em 113 anos de história, a Ponte Preta sequer havia disputado uma competição internacional. E logo em sua estreia deixou para trás os gigantes Vélez e São Paulo para chegar à decisão. Nesta quinta-feira, às 22h15 (de Brasília), a Macaca saberá se enfrenta Lanús, que venceu na ida por 2 a 1 no Paraguai, ou Libertad. As finais serão nos dias 4 e 11 de dezembro, com o primeiro no Pacaembu.
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