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Aproveitando a estadia no Rio de Janeiro para comandar o Santos no duelo desta quinta, às 21 horas, no Maracanã, contra o Fluminense, Marcelo Fernandes compareceu a audiência no Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e saiu satisfeito com o resultado. Por unanimidade, o presidente da casa, Caio Rocha, negou o recurso da procuradoria e manteve a pena de advertência, já cumprida, ao técnico do Santos.
Expulso na partida contra a Chapecoense, válida pela 3ª rodada do Campeonato Brasileiro, o treinador foi denunciado por desrespeito ou reclamação desrespeitosa contra a arbitragem (artigo 258 do CBJD). Fernandes cumpriu a suspensão automática na partida seguinte, diante do Sport.
Porém, após a súmula do jogo relatar que havia um buraco no camarote utilizado pelo comandante alvinegro, que dava acesso a comunicação do técnico com o banco de reservas do Peixe, na Vila Belmiro, o STJD excluiu Marcelo Fernandes também da partida contra o Corinthians, na 8ª rodada.
Por entender a pena como branda, a procuradoria recorreu pedindo a suspensão.
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“A segunda manifestação do treinador é muito mais ofensiva. Altamente desrespeitoso. Fica tudo isso em uma pena de suspensão automática. Sem considerar também a automática, analisando apenas os fatos, a pena é insuficiente por ser uma mera advertência. A Procuradoria se insurge que as expressões não são irrelevantes e que não houve o devido cumprimento da automática”, destacou o procurador-geral, Paulo Schmitt.
Theotônio Chermont, advogado do clube no caso, questionou.
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“Os fatos que a Procuradoria mencionou não estão neste processo. Por entender que o ato que resultou na denúncia não teve gravidade, a advertência está bem aplicada”.
Ao fim do julgamento, Marcelo Fernandes teve sua pena mantida e está livre para comandar o time da Baixada Santista à beira do campo. Na quarta-feira, o técnico já havia desabafado sobre a situação.
"Não quero me manifestar. Não tenho qualquer tipo de relação com a arbitragem. Fui expulo duas vezes injustamente. Quando o Oswaldo foi lá no meio de campo, na primeira final (do Paulista), e no jogo de Chapecó, que o 4º arbitro achou que era para ele, quando não era. Eu estava falando sobre o fair-play com o banco da Chapecoense”, lembrou.
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“É importante vocês (jornalistas) verem o excesso que está. Muitos estão se manifestando. Os árbitros também cumprem ordem. Tem uma carga enorme. Ele é orientado a fazer isso, todos foram pegos de surpresa. O negócio está extrapolado, mas só cabe a mim trabalhar e não ser mais expulso”, disse, na véspera de mais um julgamento.