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Piada no Derby, drone é coisa séria para comissão de Oswaldo

Os analistas de desempenho Gustavo Nicoline, Rafael Costa e Gabriel de Oliveira, filho do treinador, costumam empregar um drone para filmar treinamentos

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 03/06/2015 às 14:32

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Um drone com a camisa do Guaraní, algoz do Corinthians na Copa Libertadores, sobrevoou o Itaquerão durante o último Derby. O artefato, usado como piada pelos torcedores, é coisa séria para a comissão técnica comandada por Oswaldo de Oliveira no Palmeiras.

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Os analistas de desempenho Gustavo Nicoline, Rafael Costa e Gabriel de Oliveira, filho do treinador, costumam empregar um drone para filmar treinamentos. O aparelho, utilizado em caráter de teste a partir do mês de janeiro, já foi oficialmente incorporado.

Com um celular acoplado ao drone, os analistas de desempenho conseguem ver as imagens aéreas produzidas pelo equipamento. “Os comandos são simples. Pilotar o aparelho é fácil. Difícil é ganhar jogo”, sorriu Gustavo Nicoline, que recebeu treinamento especifico para controlar o aparelho.

Com as imagens aéreas captadas pelo drone, Oswaldo de Oliveira pode aperfeiçoar jogadas ensaiadas e observar a formação tática do time de uma perspectiva diferente. Os analistas de desempenho costumam editar o material e exibi-lo aos jogadores no vestiário.

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“O aparelho permite documentar os treinamentos do Palmeiras em qualquer campo e observar o comportamento do time como um todo de outro ângulo. Já criamos uma afinidade interessante com o Oswaldo e sabemos do que ele precisa”, explicou Nicoline.

Segundo o analista de desempenho, não houve qualquer tipo de acidente com o drone palmeirense, como boladas ou quedas no gramado, embora os jogadores brincassem de tentar acertá-lo no começo. O aparelho usado no Itaquerão, por sua vez, teve vida curta.

Durante o primeiro tempo da partida pelo Campeonato Brasileiro, enquanto a torcida palmeirense gritava “é, Guaraní!”, um drone portando a camisa 10 do time paraguaio e a inscrição “Hahaha” sobrevoou o estádio. A rápida colisão do aparelho contra uma das paredes da arena foi comemorada pelos corintianos na tarde de domingo.

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Analistas Rafael Costa e Gustavo Nicoline são responsáveis por conduzir drone nos treinos do Palmeiras (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)

“Estávamos concentrados no nosso trabalho, mas é claro que notamos o drone no estádio e vimos que ele caiu”, disse Gustavo Nicoline, receoso com o uso do equipamento por pessoas despreparadas em áreas com grande quantidade de pessoas.

“Precisa haver algum tipo de controle, porque não é qualquer um que pode pilotar um drone. E se cair na cabeça de algum torcedor ou jogador? A gente fica meio preocupado. A pessoa quer só fazer a brincadeira, mas, se não tem experiência e desconhece o alcance, pode acontecer algo mais sério”, declarou.

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Algo mais sério ocorreu no jogo entre Sérvia e Albânia, pelas Eliminatórias da Euro 2016, em Belgrado. O sérvio Mitrovic interceptou o drone que sobrevoava o gramado com uma bandeira pró-Albânia, o que revoltou os adversários e iniciou uma briga generalizada, causando o encerramento da partida.

Durante o jogo entre Boca Juniors e River Plate, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, um drone sobrevoou a Bombonera portando um tecido branco com a letra “B” em alusão ao rebaixamento da equipe visitante. No momento, o jogo estava interrompido em função do ataque com gás de pimenta contra os atletas do time visitante.

“Cada um usa o drone da maneira que quiser, mas algumas situações podem ser perigosas e as pessoas devem ter responsabilidade”, afirmou Nicoline, descartando a possibilidade de empregar o aparelho para espionar o treino do São Paulo no CT vizinho. “O alcance é suficiente, mas não vamos fazer isso”, disse, bem-humorado.

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