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Perto do adeus, Falcão revela certeza de que teria sucesso no campo

Jogador, que pretende se despedir das quadras até 2015, diz que se recebesse uma chance real teria sucesso nos campos.

Publicado em 18/12/2012 às 12:20

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Aos 35 anos, Falcão planeja se aposentar do futsal até o fim de 2015. E se despedirá das quadras com uma sensação: teria sucesso caso recebesse uma real chance de atuar nos gramados. Os períodos de testes em Palmeiras e Portuguesa e os quatro meses como profissional contratado do São Paulo deixaram uma interrogação eterna no ala.

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“Não sei em que lugar eu chegaria, se iria à Seleção Brasileira ou mesmo se seria titular de algum time. Mas tenho certeza de que daria certo”, declarou Falcão. “Vai ficar essa interrogação na minha cabeça para sempre. E na de muita gente também”, prosseguiu.
 
A declaração, contudo, não é de lamentação. Eleito o melhor jogador de futsal do mundo em 2004 e 2008 – a Fifa só concede o prêmio em anos de Copa do Mundo da modalidade –, o craque abriu mão dos campos após conquistar o Paulista com o São Paulo, há quase oito anos, consciente de sua escolha. 
 
Na época sem receber chances com o técnico Emerson Leão, Falcão, que estava inscrito na Libertadores que o time ganharia em 2005, aceitou oferta de quatro anos do Malwee, de Santa Catarina, para voltar às quadras quatro meses após ter escolhido o gramado. “Não me arrependo porque fui eu que optei por voltar ao futsal, mas tenho certeza de que daria certo como jogador de futebol no campo”, insistiu.
 
Falcão se diverte com Neymar em jogo beneficente na Vila Belmiro: craque do futsal crê que daria certo no campo. (Djalma Vassão/Gazeta Press)
 
E ele não tem do que reclamar de seu currículo no futsal. Além dos prêmios individuais, Falcão conquistou duas Copa do Mundo de futsal (2008 e 2012), o ouro nos Jogos Pan-americanos de 2007 e seis Grand Prix de futsal com a Seleção Brasileira, entre outras conquistas. Em clubes, seus principais títulos são sete Ligas Futsal, sete Taças Brasil, seis Sul-americanos, oito Libertadores e um Mundial.
 
Mas a vontade de jogar no campo não se foi totalmente. Se profissionalmente a ideia está completamente descartada, em amistosos é possível vê-lo nos jogos beneficentes de fim de ano. Na última sexta-feira, o ala abria sorrisos e até se comparava a Neymar, seu driblador colega em partida na Vila Belmiro. “Vejo características nele parecidas com as minhas, pelos dribles. E fizemos tabelas dignas de futsal”, comemorou Falcão, sempre acompanhado dos filhos.
 
“Viro arroz de festa mesmo. Minha mulher reclama por eu sair para jogar bola nas férias, mas os moleques têm vontade de ir e uso isso para sair de casa sem briga”, sorriu o ala, que ganhou férias antecipadas de seu clube, o Intelli/Orlândia, mesmo com a equipe disputando a Taça Brasil – o jogador teve problemas de saúde na conquista do Mundial com a Seleção, logo após vencer a Liga Futsal pelo time.
 
E descanso, realmente, não significa se afastar da bola. “Fico o ano inteiro esperando esse momento chegar. É o momento em que me divirto, quando posso desestressar. É um jogo sem preleção, sem hotel, concentração. É o momento de descontrair, é muito gostoso”, falou.

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