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O elenco santista e os jornalistas que acompanhavam o treino do Peixe na manhã desta quarta-feira foram surpreendidos com a grata visita do José Pepe Macia, no CT Rei Pelé. No dia em que completa 80 anos de vida, o famoso Canhão da Vila caminhou lentamente na direção dos jogadores, cumprimentou alguns, bateu um papo com Edinho, auxiliar técnico e filho de Pelé, e recebeu uma camisa personalizada com seu nome e o número 80 das mãos do volante Renato.
“Aqui é minha casa, minha família. Fico feliz com a homenagem. Para mim, é motivo de muito orgulho ter feito parte daquela geração de craques”, comentou Pepe, após ser abordado pelos profissionais de imprensa.
Segundo maior artilheiro da história santista, o ex-ponta brinca com sua posição no ranking do clube.
“Sempre digo que sou o maior artilheiro humano do Santos, fiz 750 jogos, marquei 405 gols. O Pelé é um ET”, comentou, aos risos, antes de explicar o principal motivo por ter balançado tanto as redes adversárias. “Se eu tivesse que voltar para marcar, não teria feito 405 gols. Eu era o homem do contra-ataque, o Lula (técnico santista na época) pedia para eu não passar do meio campo. O Dalmo (ex-lateral esquerdo) sempre gritava que estava com dois, mas eu não acompanhava o lateral direito”, lembrou.
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Sorridente, demonstrando muita satisfação com o próprio aniversário, Pepe encerrou falando sobre o futebol atual.
“Futebol mudou muito. A competição parece muito mais difícil. A gente também pegava umas "carnes de pescoço" no interior, nas excursões. Hoje se prioriza muito mais a defesa do que o ataque. Mas, se quero ver um jogo bom, vejo o do Santos”.
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História
Nascido em 25 de fevereiro de 1935, na cidade que o consagrou para o mundo, José Macia Pepe teve uma carreira brilhante tanto como jogador, quanto como técnico. Pelo Peixe, foram 405 gols em 750 jogos. Antes, Pepe atuou por São Vicente e Continental, até chegar ao alvinegro praiano nos anos 50.
Como técnico do Peixe, dirigiu a equipe praiana em 371 oportunidades, venceu 176 partidas, empatou 112 e perdeu 83. É o terceiro técnico que mais vezes dirigiu o time santista, ficando atrás apenas de Lula e Antoninho.
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Títulos como jogador:
Copa Intercontinental: 1962 e 1963
Copa Libertadores da América de 1962 e 1963
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Campeonato Brasileiro: 1961, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1968
Torneio Rio-São Paulo: 1959, 1963, 1964 e 1966
Campeonato Paulista: 1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968 e 1969
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Supercopa Sulamericana dos Campeões Intercontinentais: 1968
Recopa dos Campeões Intercontinentais: 1968
Seleção Brasileira
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Copa do Mundo: 1958 e 1962
Copa Rocca: 1957 e 1963
Taça Bernardo O'Higgins: 1961
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Taça do Atlântico: 1956 e 1960
Taça Oswaldo Cruz: 1961 e 1962
Títulos como treinador:
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Fortaleza - Campeonato Cearense de Futebol de 1985
Inter de Limeira - Campeonato Brasileiro de Futebol de 1988 - Série B e Campeonato Paulista de Futebol de 1986
Santos - Campeonato Paulista de Futebol de 1973
São Paulo - Campeonato Brasileiro de Futebol de 1986
Verdy Kawasaki - Campeonato Japonês de Futebol: 1991-92
Atlético-PR - Campeonato Brasileiro de Futebol de 1995 - Série B