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Pênalti no final do clássico faz Tite recordar demissão de 2005

“Quando eu fui demitido pelo Corinthians na minha primeira passagem, houve um pênalti que o Coelho bateu e o Rogério defendeu', lembrou o treinador

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 14/10/2013 às 11:46

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O técnico Tite não queria ver Rogério Ceni bater o pênalti que poderia decidir o clássico deste domingo, no Morumbi, a favor do São Paulo. Olhou para cima, evitando direcionar a sua vista para Cássio nos minutos que antecederam a cobrança. Mas mudou de ideia e vibrou com a defesa que garantiu o 0 a 0 para o Corinthians.

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“Quando eu fui demitido pelo Corinthians na minha primeira passagem, houve um pênalti que o Coelho bateu e o Rogério defendeu. O Marcelo Mattos ficou olhando para o banco na hora, e não para a cobrança. Falei para ele olhar. Hoje, aquele episódio me veio à memória. Eu estava olhando para cima e decidi visualizar o pênalti”, contou Tite, aliviado com a grande intervenção de Cássio.

O técnico corintiano se referiu à polêmica que decretou a sua demissão do Corinthians em 2005, logo após a derrota por 1 a 0 para o São Paulo. Na ocasião, ele contrariou uma determinação do iraniano Kia Joorabchian, principal dirigente da extinta MSI, que pretendia encarregar o astro Tevez da cobrança do pênalti, e não o contestado lateral direito Coelho.

Apesar de uma série de conquistas expressivas, como a da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes em 2012, Tite voltou a enfrentar um momento de dificuldades no Corinthians. A má colocação no Campeonato Brasileiro e os sucessivos empates colocaram à prova a sua longevidade no clube na próxima temporada – o atual contrato vencerá no final do ano.

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O pênalti perdido por rogério Ceni no final do clássico fez Tite recordar sua demissão em 2005 (Foto: Agência Corinthians)

“Vou fechar três anos de Corinthians e sou privilegiado por ter sido escolhido como técnico do clube. A cumplicidade que existe aqui é o que me move. Se estou pressionado ou não, olhem para o meu retrospecto e para o trabalho. Não quero ficar argumentando em causa própria. O Alex Ferguson, que passou mais de 20 anos no Manchester United e de quem todo o mundo tanto fala, passou cinco ou seis anos sem ganhar nada”, comparou.

O próprio Tite, no entanto, não espera para si a tranquilidade de que Ferguson desfrutou na Inglaterra. “É claro que existe uma expectativa alta em relação a nós. Corinthians e São Paulo têm elencos capazes de estar em melhores colocações no Brasileiro. Preciso ter o discernimento e ser ético em todos os momentos, no de vitória e quando vejo que a pontuação não é condizente. Hoje, o resultado foi justo, até pelos tempos distintos e pelas oportunidades criadas pelas equipes”, avaliou.

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O “resultado justo” foi melhor para o Corinthians, que comemorou o pênalti perdido pelo ídolo do São Paulo e está em situação (um pouco) melhor na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. O time de Tite totaliza 37 pontos ganhos, contra 34 daquele capitaneado por Rogério Ceni.

Desta vez vitorioso sobre o goleiro do São Paulo, Tite não quis tripudiar. “Não costumo olhar para o outro lado. Tenho muito respeito. O São Paulo e os seus torcedores merecem isso. Fomos todos muito bem recebidos no Morumbi pelo grupo de funcionários daqui. A minha ótica de futebol é direcionada para nós, para a alegria”, concluiu Tite, alegre por ter direcionado a sua ótica para a defesa de Cássio no pênalti de Ceni.

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