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No ano do centenário do clássico entre Santos e Palmeiras, as equipes paulistas honraram as tradições e fizeram um grande jogo nesta quarta-feira, na Vila Belmiro. Contudo, o Peixe mais uma vez bateu o Verdão e manteve o tabu de não perder para o time da Capital desde fevereiro de 2012. Agora são 6 vitórias e dois empates nos últimos oito clássicos.
O Palmeiras começou bem o duelo e abriu o placar antes dos dez minutos, com Vitor Hugo, após cobrança de escanteio. À partir disso, o Santos acordou e praticamente tomou conta do jogo até o fim. Ainda na etapa inicial, o alvinegro praiano empatou com Renato. A virada veio no segundo tempo com Ricardo Oliveira, após linda cavada na saída de Fernando Prass.
Com o resultado, o Santos chega a 23 pontos na liderança do Grupo D e da classificação geral do Campeonato Paulista. No sábado, o time da Baixada Santista visita o Marília, às 11 horas, pela 10ª rodada.
Por outro lado, o Palmeiras estaciona nos 18 pontos, mas segue tranquilo no Grupo C. A derrota interrompe a série e sete vitórias seguidas do clube. A busca pela reação começa no próximo domingo, às 18h30, frente ao XV de Piracicaba, no Palestra Itália.
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Lá e cá
O clássico da Vila Belmiro começou melhor do que muitos torcedores esperavam. Oswaldo de Oliveira, que conhece bem o time santista, cumpriu a promessa de usar o ataque para se defender bem e, logo à partir do apito inicial, postou seu time à frente. Os primeiros dez minutos de jogo foram do Palmeiras, que marcava em cima, recuperava a bola de forma rápida e rondava a área do Peixe com bastante perigo.
E a pressão surtiu efeito no quarto escanteio. Robinho cobrou no primeiro pau e Vitor Hugo subiu mais alto que toda a zaga alvinegra para marcar, de cabeça, seu primeiro gol com a camisa alviverde.
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Na comemoração, o zagueiro fez gestos como se ‘tirasse a zica do corpo’, já que ficou marcado por ter entregado a bola que resultou no gol que decretou a vitória corintiana no clássico anterior.
O Santos só acordou depois de ter levado o gol. Até então apático e sem chegar uma vez sequer a meta adversário, o time de Vila Belmiro se lançou ao ataque.
Aos 12 minutos, Robinho deu uma linda caneta em Gabriel, tocou para Ricardo Oliveira e recebeu livre, dentro da área, mas furou na hora de finalizar. Seria um golaço do camisa 7.
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Em seguida, foi a vez de Geuvânio criar uma ótima oportunidade. O camisa 45 foi lançado, em contra-ataque, entrou na área pela direita e bateu forte. Fernando Prass espalmou para escanteio. O camisa 1 do verdão ainda realizou outra difícil intervenção depois de cruzamento fechado de Lucas Lima, que Geuvânio não alcançou e quase matou o goleiro.
O palmeiras só voltou a assustar na segunda metade da primeira etapa em chute forte de Dudu, mas que Vanderlei também não teve tanto trabalho para evitar o gol.
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Aos 27, o Peixe foi premiado com o gol de empate. Vitor Ferraz, que fez bom primeiro tempo, enfiou a bola para Ricardo Oliveira, na esquerda. O centroavante cruzou rasteiro para Renato chegar como homem surpresa e marcar.
Um minuto depois, a virada não aconteceu por um detalhe. Robinho recebeu e bateu de fora da área, colocado, rasteiro, mas a bola explodiu na trave e levantou os torcedores na Vila Belmiro.
Ainda antes do fim dos primeiros 45 minutos de jogo, o Palmeiras, apesar de ter recuado e sofrido muito, por pouco não desceu para os vestiários à frente do placar. Isso porque o Robinho teve liberdade e arriscou da meia lua. A bola saiu forte e passou com muito perigo, à direita de Vanderlei, que saltou apenas para sair na foto.
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Peixe imponente
Com um primeiro tempo corrido, disputado e muito bom tecnicamente, a expectativa para a segunda etapa era grande. Desta vez, porém, o time da casa é que iniciou tomando a iniciativa.
Em apenas cinco minutos, foram três finalizações. A mais perigosa em cobrança de falta de Lucas Lima, que só não se transformou em gol porque Fernando Prass chegou a tempo na bola.
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Percebendo o time encurralado, Oswaldo de Oliveira resolveu agir e colocou João Paulo na vaga de Allione. Com isso, o treinador deslocou Zé Roberto para o meio de campo. O veterano jogador estava tendo muita dificuldade na lateral.
Mas mal deu tempo dos palmeirenses se arrumarem em campo. Aos 16 minutos, Robinho, aberto pela esquerda, levantou a cabeça e lançou para Ricardo Oliveira. O centroavante ganhou de Vitor Hugo na dividida e deu uma linda cavada na bola para encobrir o goleiro Fernando Prass e marcar um belo gol. Virada do Peixe na Vila.
Com a mexida no placar e os jogadores mais cansados, o clássico ficou mais aberto e com as suas equipes contra-atacando uma a outra praticamente em todos os lances. O Santos tinha mais posse de bola e chegava com perigo, sempre apostando na habilidade e inteligência de Robinho. O Verdão não se entregava, mas tinha dificuldade de chegar ao ataque e abusava dos passes errados. Desta forma, o jogou seguiu até o apito final e acabou com mais uma vitória do peixe em cima do rival, que não vence o clássico centenário desde 2012.
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