Esportes
A vitória por 3 a 2 confirmou o favoritismo do Peixe, que já havia vencido em Santa Catarina, por 1 a 0. Com isso, está confirmado o clássico San-São em uma das semifinais da Copa do Brasil
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Os jogadores do Santos não negam a preferência pela Vila Belmiro. Em compensação, provam a cada oportunidade que o Pacaembu é, sim, a segunda casa santista. Ontem, o time de Dorival Júnior passeou em cima do desfalcado Figueirense e chegou a nona vitória seguida no estádio paulistano. Aliás, onde não perde em competições nacionais desde 2010. A vitória por 3 a 2 confirmou o favoritismo do Peixe, que já havia vencido em Santa Catarina, por 1 a 0. Com isso, está confirmado o clássico San-São em uma das semifinais da Copa do Brasil. Do outro lado, Palmeiras e Fluminense decidem uma vaga na grande final. A CBF ainda fará os sorteios para definir a ordem dos mandos e os horários dos jogos, mas as datas estão reservadas para 21 e 28 de outubro.
Nesta quinta, Gabriel mais uma vez foi o grande nome do jogo. O jovem atacante de 19 anos abriu o placar, depois de receber longo lançamento de Marquinhos Gabriel e ainda contar com a sorte, já que a bola desviou no goleiro Felipe antes de entrar. Pouco tempo depois, o camisa 10 retribuiu o ‘favor’ e mostrou toda sua técnica ao dar um lindo passe de ‘trivela’ para o meia do Peixe ampliar de cabeça.
Ainda no primeiro tempo, Bruno Alves descontou, após cobrança de escanteio. Porém, no primeiro lance da etapa complementar, Neto Berola marcou seu primeiro gol em 16 jogos pelo Peixe e decretou a classificação do alvinegro praiano para enfrentar o São Paulo na próxima fase. Carlos Alberto ainda descontou novamente, mas nada que alterasse o rumo da classificação santista.
Independente de comemoração ou lamentação, agora as duas equipes voltam suas atenções para o Campeonato Brasileiro. Neste domingo, o Santos luta para entrar no G4 na partida contra o Fluminense, às 16 horas, na Vila Belmiro. No mesmo dia e horário, o Figueirense visita o Goias, no Serra Dourada, em duelo direto na briga contra o rebaixamento.7
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Gabriel inspirado
Longe da Vila, mas com apoio massiço de seu torcedor na Capital Paulista, o Santos se mostrou à vontade na noite desta quinta-feira e jogou do jeito que gosta contra o desfalcado Figueirense.
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O clube catarinense até iniciou a partida de forma ousada, com uma marcação alta e tocando bem a bola. Thiago Santa chegou a aparecer livre nas costas de Daniel Guedes logo aos 4 minutos, mas acabou adiantando muito a bola e perdendo o domínio.
O problema do Figueira era a falta de entrosamento da equipe. Gabriel usava a linha de impedimento descordenada deu seu rival para aparecer sempre com perigo pelas pontas. E, aos 20 minutos, mesmo com menos posse de bola, o Peixe abriu o placar justamente desta forma. Marquinhos Gabriel lançou do campo de defesa e o camisa 10 recebeu livre, já dentro da área. Sem ângulo, Gabriel tentou cruzar para Ricardo Oliveira, mas a bola bateu na perna do goleiro Felipe e entrou no cantinho.
Era tudo o que o Santos queria. A torcida se empolgou e o time cresceu. Assim, não demorou para o placar ser movimentado mais uma vez. Desta vez, Gabriel retribuiu a assistência e, em um lindo cruzamento de ‘trivela’, pela direita, encontrou Marquinhos Gabriel livre, no meio da zaga do Figueirense. De cabeça, o meia ampliou: 2 a 0.
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Apagado, Ricardo Oliveira por pouco não deixou sua marca depois de uma cobrança de escanteio. Felipe defendeu a cabeçada do centroavante. Mas, para quem esperava um Figueirense já entregue, veio a surpresa aos 36 minutos. Escanteio pela esquerda do ataque dos visitantes e o zagueiro Bruno Alves se antecipou na primeira para diminuir antes do intervalo.
Na base do “olé”
Se alguém no Figueirense se empolgou com o gol marcado pouco antes do fim da primeira etapa, esse sentimento durou apenas enquanto os times descansavam nos vestiários, porque, assim que o duelo recomeçou, o Peixe não perdeu tempo e marcou seu terceiro gol. Neto Berola, que entrou no lugar de Rafael Longuine, aproveitou cruzamento de Daniel Guedes e partiu para o abraço.
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O técnico Edson Coutinho, mesmo ciente de que só um milagre lhe traria a classificação, resolveu rodar o elenco e usou suas três substituições. O time, já sem qualquer responsabilidade, passou a dominar as ações e rondar o gol de Vanderlei.
Thiago Santana perdeu uma grande chance, pela esquerda, ao estufar as redes pelo lado de fora, e Saimon por pouco não diminuiu o marcador ao aproveitar cobrança de escanteio e cabecear com perigo, à direita de Vanderlei. Mas, a deficiência técnica impediu qualquer tipo de reação. Carlos Alberto, em jogada individual, ainda descontou aos 41 minutos do segundo tempo, mas a equipe pecava no ‘último passe’ e, mesmo em maioria em alguns ataques, não conseguia ser efetivo.
Ao Santos, restou administrar, jogar com a vantagem estabelecida e até mesmo se poupar em campo. Dorival também usou todas as alterações a que tem direito e o jogo caiu de ritmo, até de uma forma natural. Nos instantes finais, foi possível apenas ouvir os gritos de “olé” da torcida do Peixe, agora ciente de que terá uma missão bem mais difícil pela frente, contra o São Paulo.
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