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Principal nome ofensivo do São Paulo nesta quarta-feira, em virtude de uma série de desfalques, Alexandre Pato fez jus à chance recebida contra o Bragantino. Construiu a jogada do primeiro gol (contra, marcado por Bruno Recife) e converteu uma cobrança de pênalti para fechar a vitória por 2 a 1, em Ribeirão Preto, no primeiro duelo da terceira fase da Copa do Brasil.
Em uma noite sem Alan Kardec, Luis Fabiano e Kaká, o ex-corintiano começou novamente como titular e não desapontou. Não teve uma atuação magnífica, mas se movimentou e garantiu o escanteio que, cobrado por ele próprio, originou o gol contra de cabeça de Bruno Recife, na primeira etapa. Depois do intervalo, ainda serviu companheiros - a recíproca nem sempre foi verdadeira - e cumpriu a missão recebida do capitão Rogério Ceni de cobrar pênalti.
No fim, o adversário diminuiu a diferença com Luisinho, após cruzamento rasteiro de Léo Jaime, atacante que entrou no intervalo e deu mais ofensividade ao time treinado interinamente por André Gaspar - contratado no fim de semana, Paulo César Gusmão ainda não fez sua estreia. Gol que permite ao Bragantino conquistar a classificação se vencer o segundo jogo por 1 a 0.
Mas, como o próximo confronto está marcado apenas para 13 de agosto, na capital paulista, os dois times agora voltam o foco para o Campeonato Brasileiro. No sábado, o São Paulo recebe o Criciúma, no Morumbi. Um dia antes, o Bragantino visita a Ponte Preta, em Campinas.
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Nesta quarta-feira, uma série de desfalques forçou Muricy Ramalho a fazer mudanças no São Paulo. Além de Alan Kardec, impedido de atuar por já ter defendido o Palmeiras nesta edição do torneio, o treinador ficou sem Kaká, que acusou dores na panturrilha direita, e já não tinha também Luis Fabiano e Antônio Carlos, sem contar o reserva Osvaldo, outro sob os cuidados do departamento médico. Alexandre Pato, Maicon e Paulo Miranda ganharam chance.
As três novas caras deram ao time também um novo desenho tático. Muricy escalou três zagueiros (Paulo Miranda entrou para ajudar Rafael Toloi e Rodrigo Caio, que deixou o meio-campo a cargo de Maicon). Os laterais Douglas e Álvaro Pereira, então, receberam maior liberdade para chegar ao ataque, que não teve um homem centralizado - apesar de atuar um pouco mais adiantado do que Ademilson, Pato não esteve fixo dentro da área.
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Com bola rolando, a impressão é de que, qualquer que fosse a disposição tática pensada por Muricy, o Bragantino (treinado interinamente por André Gaspar, por conta da contratação ainda muito recente de Paulo César Gusmão) não ofereceria perigo. Mas o São Paulo, apesar do controle absoluto da bola, tinha à sua frente uma formação muito comprometida com a marcação, abdicando quase que completamente do ataque.
A primeira finalização são-paulina a gol - a única correta em quatro tentativas antes do intervalo - saiu aos 15 minutos, quando Pato buscou bola na intermediária, tabelou com Ganso em velocidade, chutou e ganhou escanteio. O próprio atacante fez a cobrança, pelo lado esquerdo, e viu o lateral esquerdo do Bragantino, Bruno Recife, abrir o placar: ameaçado pela presença de Rodrigo Caio, ele cabeceou contra a própria meta e vazou o goleiro Renan.
O gol não abriu espaços para o São Paulo. Foi preciso Rodrigo Caio, orientado por Rogério Ceni, deixar a defesa e surpreender além do meio-campo. Logo na primeira subida, aos 31 minutos, o zagueiro, que tem grande experiência como volante, encontrou Pato na área. O atacante ajeitou de calcanhar para Ganso tocar de leve na bola e quase encobrir Renan, que, atento, deu um passo para trás e espalmou para escanteio. Após a cobrança, porém, o goleiro deu um soco estranho na bola e quase marcou outro gol contra.
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Nos minutos finais da primeira etapa, a equipe do interior, enfim, exigiu atenção de Ceni. No primeiro lance, ao notar bom lançamento para Luisinho, o goleiro são-paulino deixou a meta para afastar a bola pela lateral. Já aos 42 minutos, nada pôde fazer além de torcer: após cobrança de escanteio pelo lado direito, Robertinho desviou de cabeça no travessão. A bola ainda resvalou em Luisinho, em cima da linha, e saiu pela linha de fundo.
A entrada do atacante Léo Jaime no lugar do volante Luisinho, no intervalo, melhorou o Bragantino momentaneamente no início do segundo tempo. Aos cinco minutos, Ceni tentou se antecipar em lançamento para Léo Jaime, mas o adversário conseguiu virar a bola para Luisinho, que teria conseguindo o empate não fosse o chute fraco e a ótima recuperação do goleiro.
Mais ofensivo, o time mandante deu equilíbrio ao jogo. Por outro lado, ficou mais exposto. Aos dez minutos, em uma rápida chegada, Ganso deixou a bola passar a Douglas, que bateu de primeira, por cima do travessão. Cinco minutos depois, o próprio meia foi acionado na entrada da área, avançou em velocidade e chutou rasteiro e cruzado. Renan espalmou e viu a defesa cortar.
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Após nova subida do Bragantino, a resposta são-paulina quase garantiu o segundo gol. Não fosse Pato colocar o pé na bola após forte arremate rasteiro de Ademilson à distância. O atacante acertaria o pé aos 31 minutos, quando recebeu a missão de cobrar pênalti sofrido por Álvaro Pereira. Um chute forte no canto direito ampliou a vantagem, diminuída sete minutos mais tarde por Luisinho, depois de cruzamento rasteiro de Léo Jaime. A reação, no entanto, não foi além.