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O papa lamentou hoje (1º) que os migrantes e refugiados não encontrem normas claras de acolhimento e integração nos países de chegada, que permitam respeitar os direitos e deveres de todos.
Em mensagem, o papa disse que essas pessoas se deparam com "falta de normas claras, de aplicação prática, que regulem o acolhimento e prevejam modos de integração a curto e longo prazo, com atenção aos direitos e deveres de todos".
Francisco lembrou o aumento, em todas as áreas do planeta, do número de pessoas que deixam os seus países por serem "vítimas da violência e da pobreza e que sofrem o ultraje dos traficantes de seres humanos na viagem pelo sonho de um futuro melhor", disse ele.
"Se sobrevivem aos abusos e adversidades, encaram depois realidades de suspeitas e receios", acrescentou a mensagem, publicada pelo Vaticano.
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Nesta análise sobre o atual momento do drama migratório, o papa indicou que a principal questão a responder, depois de "superada a fase da emergência", é a do espaço necessário para "programas que considerem as causas das migrações".
"As histórias dramáticas de milhões de homens e mulheres interpelam a comunidade internacional, perante o surgimento de inaceitáveis crises humanas em muitas regiões do mundo", sublinhou.
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Na mensagem, o papa apelou para a necessidade de "atuar em profundidade e de maneira incisiva" nos países de origem de migrantes e refugiados. "É necessário evitar, possivelmente já na origem, a fuga dos refugiados e os êxodos provocados pela pobreza, violência e perseguição", disse.
A mensagem de Francisco denunciou "a indiferença e o silêncio" que "abrem caminho à cumplicidade quando se assiste à morte por asfixia, penúria, violência e naufrágio", mas é também uma chamada de atenção às consciências dos habitantes dos países de chegada dos refugiados.
O papa convidou a uma reflexão quando pergunta: "Não desejará talvez, cada um deles, melhorar as próprias condições de vida e obter um honesto e legítimo bem-estar para partilhar com as pessoas que amam?"
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Ele considerou ainda "importante e indispensável" que a opinião pública seja informada de forma correta, até para prevenir medos injustificados e especulações à custa dos migrantes.
Outro aspeto destacado por Francisco é o de como preparar as mudanças que estes fluxos migratórios vão inevitavelmente provocar e sobretudo como defender "a identidade" de todos.
"Como fazer para que a integração seja uma experiência enriquecedora para todos, que abra caminhos positivos às comunidades e previna o risco da discriminação, do racismo, do nacionalismo extremo ou da xenofobia?", questionou.
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