Esportes

Palmeiras será grande atração da Série B do Campeonato Brasileiro

O Verdão entra como favorito ao título. Não só por sua tradição, mas também pela disparidade financeira que o separa dos outros clubes

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 21/05/2013 às 20:09

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O Palmeiras será a grande atração do Campeonato Brasileiro da Série B de 2013. Como já aconteceu há 10 anos, quando sagrou-se campeão da segunda divisão nacional, o time paulista entra como favorito ao título. Não só por sua tradição, como também pela disparidade financeira que o separa dos outros 19 participantes.

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Enquanto o Palmeiras terá à disposição a sua cota da televisão, que pode chegar a R$ 80 milhões conforme o retorno do pay-per-view, os outros clubes vão receber da televisão a insignificante cota de R$ 3,4 milhões, pagos em 10 parcelas de R$ 340 mil. Este valor é líquido porque são descontados 5% de INSS - previdência social - e 5% de direito de imagem dos jogadores. O valor bruto é de R$ 3,8 milhões.

Só o Sport foge da regra por ter um acordo bilateral com a Rede Globo, detentora dos direitos de imagens, por uma cota de R$ 20 milhões. É a chamada "reserva de praça" no caso de Recife, considerada uma cidade estratégica. O time pernambucano deve, portanto, ser apontado como um dos times que pode brigar diretamente pelo acesso.

A disparidade é enorme "da água para o vinho", diz o presidente do Bragantino, Marco Chedid. Para ele, o mínimo necessário para se tocar um time na Série B por oito meses de competição seria algo em torno de R$ 7 milhões, ou seja, perto de 30% do que recebe o Sport.

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Sem dinheiro para investir, os clubes, de forma geral, estão mantendo os seus elencos usados no início da temporada nos Estaduais. Com alguns poucos retoques. O plano dos dirigentes é não gastar nas seis primeiras rodadas porque depois a disputa será paralisada por causa da Copa das Confederações. Isso vale tanto para jogadores como também para os técnicos e suas comissões técnicas.

A cota da televisão do Palmeiras pode chegar a R$ 80 milhões (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press)

A tendência é que todos os clubes façam mudanças após este recesso. E a sua intensidade vai depender, justamente, do desempenho de cada um na fase inicial. Até o Palmeiras adotará este esquema, embora já venha priorizando a Série B desde que Paulo Nobre assumiu a presidência, em dezembro.

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Ele assegurou a permanência do técnico Gilson Kleina, que já subiu com a Ponte Preta em 2011, e já fez alguns negócios visando a competição, como a ida de Barcos para o Grêmio, com a vinda de vários jogadores: Vilson (zagueiro), Léo Gago (volante), Rondinelly (meia), e Leandro (atacante). E de outros nomes como o goleiro Fernando Prass, do Vasco; os laterais Ayrton, do Coritiba, e Weltinho, do Corinthians; o lateral-esquerdo Marcelo Oliveira, do Cruzeiro; o atacante Kléber, do Porto, de Portugal, além da volta do meia Souza, que estava no Náutico e goza de prestígio com o treinador.

Só dois campeões

Fora o aspecto financeiro, a qualidade técnica da competição também perdeu força neste ano. Prova disso, é que fazem parte dela apenas dois campeões estaduais - Ceará e Paysandu - e de federações que não têm tanta força no cenário nacional.

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São Paulo perdeu força e um representante. Agora tem cinco. O Palmeiras veio da Série A e o Oeste, de Itápolis, subiu da Série C. Continuam na disputa São Caetano, Bragantino e Guaratinguetá. Destes, o São Caetano é o que possui maior estrutura financeira e poderá sonhar com o acesso. Ou seja, brigar por uma das quatro vagas. No ano passado, Guarani e Grêmio Barueri caíram para a Série C.

Santa Catarina agora tem quatro times. Mesmo com o acesso do Criciúma para a Série A, recebeu o Figueirense de volta. Além disso, ganhou a presença da Chapecoense, vice-campeão estadual, que subiu da Série C. Avaí e Joinville completam o pelotão. São clubes irregulares, mas a rivalidade pode empurrar algum para cima.

No Nordeste, o Ceará tem tradição de brigar, bem mais do que o Icasa, de Juazeiro do Norte (CE). O Paysandu também sempre é uma incógnita, mas se agiganta com o apoio de sua torcida. Mesmo sem contar com muitos torcedores, o Atlético Goianiense, vice-campeão goiano e rebaixado no ano passado, tem uma boa base para a competição.

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O Paraná ainda tem problemas extra-campo, mas aposta alto no jovem técnico Dado Cavalcante, de apenas 32 anos, eleito o "melhor técnico" do Paulistão, desbancando nomes de peso como Tite, do Corinthians, e Muricy Ramalho, do Santos, ou ainda Ney Franco, do São Paulo.

Em Minas Gerais, o América tem uma boa estrutura e dependerá da formação do grupo, ainda indefinida. O Boa costuma ser apenas um figurante. No Rio Grande do Norte, América e ABC são forças intermediárias. O mesmo vale para o ASA, de Arapiraca, único representante alagoano.

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