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O fortalecimento das categorias de base passou a ser, nos últimos anos, a prioridade dos principais clubes brasileiros para a montagem de suas equipes. Além de ter a capacidade de qualificar o elenco com menos custos, jogadores revelados na base podem ser uma preciosa fonte de renda, quando negociados com clubes do exterior – prática habitual no País.
A nova diretoria do Palmeiras, empossada em janeiro deste ano, parece perceber a importância de revelar jogadores, e começa a promover mudanças na estrutura do clube. O Centro de Formação de Atletas tem um novo departamento de observação e captação externa, que conta com funcionários que viajam pelo interior do Brasil avaliando jogadores com potencial para serem incorporados às categorias de base alviverdes.
“Não podemos ficar sentados esperando informações. Os clubes no Brasil têm esse departamento bem ativo, e nós estávamos carentes. Estamos no início e já tivemos retorno. Temos jogadores aqui que foram vistos na captação. Recebemos as informações e passamos para a observação. É fundamental para no futuro termos algum retorno”, declara Erasmo Damiani, coordenador geral das categorias de base do Verdão.
A avaliação é feita por dois observadores técnicos: Palhinha e Beto Médice. “Nossa observação é mais para o lado técnico, cada região tem sua característica. Vemos em média 300 meninos por projeto, e os que são selecionados têm garantido pelo menos uma semana sendo observados na categoria. Dentro do ambiente do clube, após o período de avaliação, sentamos com o treinador, o coordenador, e tomamos uma decisão. Se tivermos dúvidas, damos mais tempo a ele. É um processo longo, e a margem de erro é pequena”, diz Palhinha.
O time titular que disputou a última partida, vencida por 2 a 0 contra o América-RN, pela sexta rodada, contava com apenas três jogadores revelados no clube: o goleiro Bruno e os atacantes Caio e Vinícius. Os responsáveis pela garimpagem de novos talentos trabalham para mudar essa realidade.
“Muitos atletas não tinham oportunidade, só o sonho de jogar no Palmeiras. Buscamos esses garotos, e vamos peneirando, observando os que têm potencial. Observamos centenas de jogadores em cada projeto que vistamos. Temos contatos em clubes pelo Brasil todo, e acionamos e somos acionados o tempo todo para fazermos avaliações”, afirma Beto Médice.
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