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O primeiro jogo da temporada serviu para o Palmeiras começar a exorcizar os fantasmas de 2014. O placar de 3 a 1 sobre o chinês Shandong Luneng, em amistoso realizado no Allianz Parque, em São Paulo, significou a primeira vitória no novo estádio depois dos perrengues na reta final do Campeonato Brasileiro e, mais importante, selou as pazes com a torcida e mostrou o bom potencial de alguns reforços, que podem formar um time competitivo. Ainda é o primeiro jogo, foi um amistoso contra um rival mediano, mas o orgulho do palmeirense tem bons argumentos para ressurgir.
Das 15 contratações feitas pelo Palmeiras - Arouca deve a próxima -, seis jogadores começam como titulares: o lateral-direito Lucas, o zagueiro Vitor Hugo, o lateral-esquerdo Zé Roberto, os volantes Amaral e Gabriel e o atacante Leandro Pereira. Com tantas caras novas, era impossível jogo coletivo e entrosamento. Por isso, a equipe privilegiou o jogo individual e mostrou entusiasmo, correria e vontade.
Destaque para a cabeça fria de Zé Roberto, as roubadas de bola de Gabriel e para o ímpeto de Lucas, ótima opção pela direita. Algumas falhas são notícia velha, como a falta de continuidade nas jogadas de Allione e os cruzamentos sem pé nem cabeça de Maikon Leite.
A torcida entrou no clima de festa. Aproveitando a acústica diferenciada da nova arena, que reverbera a paixão alviverde, os 30 mil palmeirenses jogaram junto. Aplaudiram as finalizações, deram força nos passes errados e, mais do que tudo, pegaram no pé de Vágner Love, que saiu do clube em 2009 após uma briga com torcedores.
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O time chinês, do técnico Cuca, mostrou muito mais defeitos que qualidades. A equipe depende dos brasileiros Junior Urso e Aloisio e do argentino Montillo para chegar ao gol adversário. Tem uma defesa irregular, que olha só a bola.
Neste contexto de jogo festivo, as falhas apareceram dos dois lados, curiosamente dos goleiros. Aos 15 minutos, Montillo cobrou a falta e a bola enganou o goleiro Fernando Prass. Gol do Shandong Luneng. Dois minutos depois, Leandro Pereira fez de cabeça, após cruzamento de Maikon Leite. Falha de Yang Cheng.
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No final do primeiro tempo, novamente Lucas e Zé Roberto chamaram a atenção. O primeiro aproveitou para mostrar que a lateral direita tem um novo dono ao acertar um belo chute e virou o placar. O segundo perdeu um gol sem goleiro aos 46 minutos.
As inúmeras alterações do segundo tempo - até Fernando Prass saiu - deixaram o jogo com uma cara ainda mais experimental. O técnico Oswaldo de Oliveira colocou todo mundo para jogar. O único lance relevante foi o terceiro gol, em chute seco do argentino Cristaldo, aos 29 minutos, que deixou o um gosto de "quero mais" nos próximos jogos.