Esportes
Para se sagrar campeão, o Alvinegro praiano precisa de uma vitória em seus domínios. Porém, o retrospecto mostra que o time da casa costuma ter dificuldade diante do Palmeiras no estádio
Continua depois da publicidade
O Santos aposta na força de sua casa para conquistar o título do Campeonato Paulista, mas tem um retrospecto desfavorável quando enfrenta o Palmeiras mesmo em jogos na Vila Belmiro. Neste domingo, a partir das 16 horas (de Brasília), os rivais duelam no Urbano Caldeira pelo troféu estadual, com vantagem do empate da equipe alviverde, por conta do triunfo por 1 a 0 no Palestra Itália uma semana antes.
Assim, para se sagrar campeão, o Alvinegro praiano precisa de uma vitória em seus domínios. Porém, o retrospecto mostra que o time da casa costuma ter dificuldade diante do Palmeiras na Vila Belmiro.
Apesar de divergências nos números levantados pelos dois clubes, ambos concordam com a vantagem da agremiação da capital. Segundo os dados divulgados pelo Verdão, eles se enfrentaram na Vila Belmiro em 102 partidas, com 43 triunfos do Palmeiras, 41 vitórias santistas e 18 empates. Já o Peixe diverge em apenas um compromisso, alegando ter perdido em 42 oportunidades.
A primeira vez em que o estádio recebeu o clássico foi no dia 17 de dezembro de 1916, no ano de sua fundação. Na ocasião, o Santos derrotou o antigo Palestra Itália por 1 a 0, pelo segundo turno do Campeonato Paulista.
Continua depois da publicidade
O único gol da partida foi assinalado por Pintanella, aos 20 minutos do primeiro tempo. O jogo no Urbano Caldeira foi o terceiro encontro na história dos clubes. A lista do clássico começou no estádio do Velódromo, na capital paulista, em 3 de outubro de 1915, com vitória do Santos por 7 a 0. Este era apenas o terceiro compromisso do recém-criado Palestra Itália.
O duelo seguinte entre os rivais terminou com goleada santista por 5 a 0, em 19 de março de 1916, realizado em um campo na avenida Conselheiro Nébias, em Santos. A partida seguinte já foi a de estreia na Vila. Apesar do bom início do Peixe frente ao oponente, o Palmeiras conseguiu se recuperar de lá para cá, apresentando números superiores não apenas na casa do rival, mas também no retrospecto geral.
Continua depois da publicidade
Segundo dados da agremiação da capital, em 316 partidas, o Verdão venceu 134 vezes, enquanto o Santos obteve resultado positivo em 99 encontros. Houve ainda 83 empates entre os rivais. O Peixe alega que foram outros números, mas também com vantagem do rival: 129 triunfos alviverdes, 87 vitórias alvinegras e 80 empates, em 306 jogos. Mesmo com o retrospecto favorável, o lateral direito palmeirense Lucas nem pensa em se apoiar no histórico ao entrar em campo neste domingo.
“Neste momento, não levamos isso em conta, porque é uma final, um jogo totalmente diferente. O histórico fica para trás. Quando entro em campo, são 11 contra 11 em uma decisão. É bom levar como pensamento positivo, pois alimenta nossa cabeça de coisas boas e podemos sempre acrescentar, mas isso não entra em campo. Espero que o que fique como história seja mais uma vitória em cima deles”, declarou.
Um dos principais nomes do Santos, o meia Lucas Lima também não se importa com o que já se passou entre os clubes. “Eu ignoro, não levo muito isso para dentro de campo. São dois jogos (na final) e, pela circunstância do primeiro, foi um bom placar. Dependemos só de nós, das forças da torcida e da Vila para sermos campeões”, comentou.
Continua depois da publicidade
A última vez em que os rivais se enfrentaram em uma decisão do Paulistão foi em 1959. O dono do troféu daquela edição foi definido em três jogos realizados em janeiro do ano seguinte, todos no Pacaembu. Os dois primeiros terminaram empatados (1 a 1 e 2 a 2), até que o Palmeiras conquistou a taça com a vitória por 2 a 1.
Pelé abriu o placar no último jogo, mas Julinho empatou ainda antes do intervalo. No início da etapa final, Romeiro bateu falta para decretar o título estadual ao time alviverde. Neste domingo, Santos e Palmeiras voltam a brigar pela taça do campeonato.