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Orlando Rollo quer acabar com o Comitê Gestor e ampliar a Vila

O candidato pretende alterar o estatuto mais uma vez para acabar com o Comitê Gestor, tem projeto para ampliar a Vila Belmiro e quer inserir esportes olímpicos no alvinegro praiano

Publicado em 13/11/2014 às 12:26

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Candidato mais jovem entre os cinco que concorrem às eleições presidenciais do Santos Futebol Clube, no próximo 6 de dezembro, Orlando Rollo é um ex-aliado do atual grupo que gere o Peixe, porém, que se rebelou para fazer oposição. Aos 36 anos, Rollo é investigador de polícia, suplente de vereador em Santos e ex-vice-presidente do Conselho Deliberativo do clube.

Revoltado com a atual administração, Orlando Rollo pretende alterar o estatuto mais uma vez para acabar com o Comitê Gestor, tem projeto para ampliar a Vila Belmiro e quer inserir esportes olímpicos no alvinegro praiano.

Rollo é o quarto candidato da série promovida pela GazetaEsportiva.Net. Confira, na íntegra, as análises e opiniões do candidato sobre diversos temas referentes ao Santos FC:

Por que o senhor deseja ser presidente do Santos FC?

Pelo momento difícil que o Clube está passando. Apenas uma pessoa com a identidade que tenho com o Santos FC, somada com a experiência que adquiri em seis mandatos como Conselheiro e como um dos Vice-Presidentes da Federação Paulista de Futebol, poderemos reerguer o clube administrativamente.

Quais os principais pontos da sua proposta de governo?

Dentre diversos projetos, ressalto a nossa proposta de ampliação e modernização da Vila Belmiro; que o Santos FC tenha sempre equipes competitivas visando a conquista de títulos; implantação de novos centros de treinamentos para as categorias de base em cidades e regiões estratégicas com o propósito de ampliar o trabalho de revelação de jovens talentos; revitalização da Chácara Nicolau Moran, patrimônio histórico e cultural do clube; disputa de campeonatos de esportes olímpicos pelo Santos FC em nível nacional, com o objetivo de dar maior visibilidade na marca e captação de recursos; instituição de sede administrativa e social para uso dos sócios na cidade de Santos e São Paulo; e a criação do portal da transparência, site em que os sócios terão acesso irrestrito a todas as movimentações financeiras do clube. Existem outras propostas que serão divulgadas durante o processo eleitoral.

O senhor é a favor da manutenção do Comitê Gestor nos moldes de hoje?

O órgão denominado Comitê de Gestão não é propício para a administração do futebol, onde decisões dinâmicas devem ser tomadas em fração de segundos. Sempre fui contrário a este tipo de direção letárgica e burocrática, por entender que o futebol exige deliberações imediatas. Devemos solicitar a extinção do Comitê de Gestão através de alteração estatutária.

Orlando Rollo é um dos candidatos à presidência do Santos Futebol Clube (Foto: Reprodução/Facebook)

Quais os planos para a Vila Belmiro?

Faz parte dos nossos planos a ampliação vertical da Vila Belmiro, como um de nossos principais projetos. A ampliação e modernização do Estádio Urbano Caldeira é totalmente viável e é uma de nossas prioridades. Quando assumi a Vereança, apresentei um projeto que está tramitando na Câmara Municipal de Santos em que as ruas no entorno do estádio (com exceção da Rua Princesa Izabel) seriam desafetadas parcialmente em favor do Santos FC, como já acontece em dias de jogos, com o intuito de facilitar a construção das novas estruturas que possibilitarão a verticalização. Entendemos que a elitização do nosso estádio, com a construção de inúmeros camarotes e setores VIP serviram para afastar os torcedores “comuns”, que sempre foram à maioria em nossos domínios. Em nosso projeto, manteremos apenas os camarotes localizados em pavimentos superiores. A Vila Belmiro voltará a ser o alçapão que sempre foi.

Construir uma nova Arena ou assumir o Pacaembu está no planejamento?

Eventualmente continuaremos mandando alguns jogos pontuais e estratégicos na cidade de São Paulo, especificamente no Pacaembu, assim como em outras praças que tenham grande aglutinação de associados e torcedores do Santos. Porém, ressalto que a nossa casa é a Vila Belmiro e onde continuaremos com a maioria dos jogos.

Voto à distância é uma boa alternativa para as próximas eleições?

Talvez, se os arquivos cadastrais do Santos FC voltarem a ser administrados pelo próprio clube, através de sua secretaria social, e não por uma empresa terceirizada. Precisamos ter a certeza que os registros são confiáveis e não manipuláveis. Desta forma, entendo que existe a possibilidade do voto a distância, para os associados que moram longe de Santos.

O Santos FC vive uma séria crise financeira e já adiantou algumas cotas. O que o senhor pretende fazer para gerar receita e onde deseja investir?

Através de ações sociais e de marketing, onde buscaremos formas criativas de arrecadação que surgirão como novas alternativas concretas de receita. Investiremos no clube de uma maneira geral e em nossa marca, visando retorno. Entretanto, o investimento principal se dará no futebol, pois teremos como doutrina a disputa de todos os títulos que disputarmos.

Na sua opinião, Leandro Damião foi um bom investimento feito pelo clube?

Foi um investimento esdrúxulo. Quem conhece de futebol, já sabia que seria uma negociação onerosa ao clube e que o atleta dificilmente renderia em campo. Nós, associados, estamos pagando o preço de uma péssima administração.

Na sua visão, o que aconteceu de melhor no Santos FC nos últimos anos?

Administrativamente, o fim da dinastia Teixeira, em 2009. Dentro de campo, o surgimento do ídolo Neymar e os títulos conquistados.

E o que mais contribuiu negativamente para o mesmo período?

Além da péssima gestão que nos assola, a aprovação do atual estatuto, sob a falsa égide da democracia é um câncer que precisa ser dizimado. A única coisa boa deste estatuto foi o término das infinitas reeleições presidenciais, que permitiam a perpetuação de dirigentes no poder. Na época da mudança estatutária, fui contrário a maioria das invenções promovidas pelos conselheiros debutantes, pois já tinha a consciência que a administração do clube ficaria apática e suscetível a eventuais golpes políticos, mas fui voto vencido, e hoje somos vítimas deste estatuto stalinista que necessita ser modificado com urgência.

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