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Operador do guindaste no Itaquerão diz que não errou em acidente

Segundo Carlos Kauffmann, advogado do profissional e da empresa Locar, proprietária do guindaste, José Walter contou que não houve erros no processo

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 04/12/2013 às 21:44

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O operador de guindastes José Walter Joaquim, de 56 anos, prestou depoimento nesta quarta-feira à polícia e contou o que aconteceu no canteiro de obras do Itaquerão, quando ele controlava a máquina no momento em que a peça de 420 toneladas, que seria colocada na cobertura do estádio do Corinthians, deslizou pela fachada, provocando a morte de dois operários.

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Segundo Carlos Kauffmann, advogado do profissional e da empresa Locar, proprietária do guindaste, José Walter contou que não houve erros no processo. "Ele estava muito tranquilo, explicou todos os pontos e todas as perguntas foram respondidas. Ele foi tratado com respeito, mas seu depoimento não dá indício de causa do acidente. Desde o início, tenho plena convicção de que não houve falha humana. Todos os cuidados foram tomados, tanto por ele, quanto pela Locar e pela Odebrecht", disse.

O advogado revela que o funcionário está bastante abalado por tudo o que aconteceu, mas que está em condições de voltar a trabalhar no estádio assim que for chamado. "Ele é o melhor operador de guindastes da Locar. É experiente, faz isso há 34 anos e tinha levantado as 37 peças da cobertura antes do acidente. Pessoalmente, ele está extremamente chateado e abalado porque nunca teve um arranhão enquanto trabalhava. A empresa também está chateada e consternada", explicou Kauffmann.

Operador do guindaste no Itaquerão afirmou que não errou em acidente (Foto: Daniel Vorley/Estadão Conteúdo)

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A expectativa é que os peritos ajudem a esclarecer o que aconteceu no fatídico dia. Existe um laudo técnico de engenharia que fará uma análise da máquina. Os dados da caixa-preta do guindaste foram enviados para a Alemanha, para a sede da fabricante Liebherr. "Tudo o que aconteceu estará detectado na máquina, não dá para especular nada", afirmou o advogado.

Os primeiros dias do operador José Walter foram os mais difíceis, até por causa do assédio e das muitas perguntas sobre o acidente. Ele teve de ficar distante dos holofotes e, muito abalado, contou com um suporte da empresa e do advogado para lidar com a situação. "A empresa está fazendo isso, é um trabalho emocional importante, até para que ele perceba que foi um acidente", disse Kauffamann.

A polícia ainda vai ouvir outras pessoas que estavam presentes no momento do acidente e, até o momento, não foi falado se o operador precisará prestar novos depoimentos. "A empresa está à disposição das autoridades", concluiu o advogado.

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