Esportes
Às 19h30 deste domingo, os dois times, que há dois anos e meio realizavam a final da Copa do Brasil no mesmo palco, definem quem chega pior aos últimos jogos desta edição da liga nacional
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Bicampeões da Série B do Campeonato Brasileiro, Coritiba e Palmeiras fazem confronto direto para não ter a obrigação de buscar um terceiro e dispensável título na segunda divisão. Às 19h30 (de Brasília) deste domingo, no Couto Pereira, os dois times, que há dois anos e meio realizavam a final da Copa do Brasil no mesmo palco, definem quem chega pior aos últimos jogos desta edição da liga nacional.
O Coxa voltou à zona de rebaixamento após empatar com o Vitória e, agora, volta a encarar um oponente na briga para ficar na Série A. Só com um ponto a mais em relação ao seu rival nesta antepenúltima rodada do Brasileiro, o Verdão vem de três derrotas consecutivas, a última delas na quarta-feira, quando o Sport venceu por 2 a 0 em frustrante reabertura do Palestra Itália.
“Não adianta ficar lamentando, temos que buscar uma reconstrução para esse jogo de domingo, que mais uma vez será decisivo. São três jogos sem pontuar, uma situação muito complicada e que vai se agravando a cada momento. O campeonato não parou, e nós paramos no resultado do Bahia”, cobrou Dorival Júnior.
Antes de acumular novas derrotas, o time se sentiu mais aliviado ao derrotar o Bahia, em Salvador. Depois disso, perdeu dos reservas do Atlético-MG e acumulou fraquíssimas atuações nas vitórias de São Paulo e Sport. O temor de rebaixamento voltou com força no final da temporada do centenário do clube.
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“Estamos enfrentando um risco real. É hora de voltar a ter um time um pouco mais equilibrado e nos recuperar nos três jogos finais. Não tem nada definido, e o Palmeiras ainda vai depender só de suas forças. Precisamos nos superar em campo”, insistiu Dorival, já cansado de cobrar maturidade de seu elenco.
O que o técnico precisa é encontrar um time com qualidade. E escolheu o caminho do segredo. Para fugir da pressão, exposta nos xingamentos da torcida na quarta-feira, o Palmeiras foi para Curitiba na sexta-feira e realizou apenas treinos sem a presença da imprensa, sem conceder mais entrevistas.
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A esperança é Valdivia, que ficou em São Paulo se tratando e reduziu as dores na coxa esquerda a tempo de viajar para jogar. Se não tiver condições, Mazinho pode ser escalado - Felipe Menezes, intensamente contestado, deve, enfim, sair do time. Os desfalques confirmados são Marcelo Oliveira, suspenso, e Tobio, machucado, com Renato e Lúcio como mais prováveis substitutos. Outra possível troca é a saída de Diogo para a entrada de Mouche no ataque.
A aposta no Coxa é o Alto da Glória. Com direito a promoção de ingressos para lotar o estádio, Marquinhos Santos confia no apoio das arquibancadas e convocou uma verdadeira mobilização na busca pela vitória em casa. “Vamos enfrentar um adversário muito forte, calejado e temos que saber nos impor, mas com inteligência. Será um jogo muito difícil e sem dúvida é hora de o torcedor lotar o Couto Pereira”, disse o técnico.
O sonho de cada torcedor é de que o grupo evoque o espírito do time que entrou em campo em 5 de maio de 2011, pelas quartas de final da Copa do Brasil, quando o Coritiba, no jogo de ida, venceu o Palmeiras por 6 a 0 - no ano seguinte, empatou em casa com o mesmo rival e foi vice da Copa do Brasil. Os tempos são outros, mas a necessidade de conseguir o resultado positivo e o caráter decisivo do duelo é semelhante. Ao final, mais do que uma vaga ou troféu, o prêmio pode ser um passo definitivo rumo à permanência na Série A.
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Em relação ao time, mais uma vez o clima de mistério na decisão tanto do esquema tático quanto dos titulares. A definição deve passar pela utilização ou não de Zé Love. Após sentir dores na coxa diante do Leão, o jogador se apresentou normalmente, mas virou dúvida. Se ficar fora, existe a possibilidade da volta do 3-5-2 voltar, aproveitando que Leandro Almeida está à disposição após cumprir suspensão e poderia atuar ao lado de Welinton e Luccas Claro. Quem corre por fora é o volante Sérgio Manoel, uma opção caso o treinador queira povoar o meio-campo.