Esportes
O torneio no Chile é a primeira competição oficial da equipe depois do fracasso no Mundial de 2014 e um tropeço criará um clima de desconfiança
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Com a missão, quase obrigação, de dar início efetivo ao processo de resgate do prestígio que teve durante décadas e que foi perdido de forma catastrófica na última Copa do Mundo, a seleção brasileira estreia neste domingo na Copa América. Enfrenta o Peru às 18h30 (de Brasília), no estádio Germán Becker, em Temuco e tanto o técnico Dunga como os jogadores sabem que vencer é fundamental. O torneio no Chile é a primeira competição oficial da equipe depois do fracasso no Mundial de 2014 e um tropeço criará um clima de desconfiança.
Quase um ano depois daquele fatídico 7 a 1 levado da Alemanha, o Brasil chega à Copa América bem diferente. A rigor, apenas um jogador está em alta: Neymar. Os demais, sobretudo os outros seis remanescentes do Mundial - Jefferson, David Luiz, Fernandinho, Thiago Silva, Willian e Daniel Alves, que chegou em cima da hora - precisam mostrar serviço.
Até mesmo Dunga está sob avaliação. Ele tem a sua permanência pelo menos até a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, prometida pela CBF, independentemente de resultados - desde que o poder permaneça nas mãos de Marco Polo Del Nero. Também se apoia nas 10 vitórias em 10 jogos desde que assumiu, inclusive em amistosos contra de rivais de primeiro nível. “O principal objetivo, sem dúvida nenhuma, é continuar vencendo”, disse o treinador brasileiro.
No Chile, o Brasil tentará o nono título da Copa América, mas Dunga prevê que não será fácil. “Será uma competição difícil porque as equipes cresceram e os jogadores estão em fim de temporada”, analisou. “Os favoritos são Chile e Argentina. Depois as outras seleções, como Brasil e Uruguai, que vêm logo atrás”.
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Campeão da Copa América em 2007, na Venezuela, primeiro competição oficial que encarou em sua passagem anterior pela seleção, Dunga tenta tirar pressão dos ombros dos jogadores. “Não entendo. Em 2007, quando ganhamos, a Copa América não era tão importante assim. Agora parece que tem o mesmo valor de uma Copa do Mundo”, constatou.
Mas, apesar do discurso, sabe que no mínimo a seleção terá de apresentar um futebol convincente. No segundo semestre terá início o desafio mais importante na caminhada rumo à Rússia: as Eliminatórias. Dunga prevê uma briga bem complicada pelas vagas. E sabe que a seleção precisa entrar com moral nesta briga. Para isso, bom resultado na Copa América servirá para dar confiança. A começar pelo jogo deste domingo contra o Peru.
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O técnico tem poucas dúvidas na escalação. A principal delas é o substituto do meia Oscar, que não foi chamado por estar machucado. Deve optar por Philippe Coutinho, que mostrou mais objetividade do que Fred nos amistosos. No ataque, Diego Tardelli tem mobilidade e dinamismo, mas Roberto Firmino vem aproveitando bem as oportunidades.
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