Esportes
A exigência de privacidade se deu exclusivamente em virtude de uma conversa com o elenco do São Paulo – que trouxe resultado já no Morumbi, segundo o treinador
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Muricy Ramalho não ensaiou nenhuma jogada quando retardou a entrada da imprensa no CT da Barra Funda antes da vitória por 1 a 0 sobre o San Lorenzo. A exigência de privacidade se deu exclusivamente em virtude de uma conversa com o elenco do São Paulo – que trouxe resultado já no Morumbi, segundo o treinador.
“Foi mais uma conversa do que um treino. A gente já tem uma forma de jogar, então não precisa treinar muito”, argumentou Muricy, que tentou incentivar os seus comandados na reunião e deu liberdade para alguns se pronunciarem. “É importante que eles falem.”
Também à base da conversa, o técnico acredita que conseguiu corrigir alguns defeitos detectados no São Paulo. Ele enfatizou bastante que o gol de Michel Bastos saiu porque o time tinha presença de área diante do San Lorenzo, uma antiga cobrança sua.
“A gente sempre mostra os compactos, os gols, para eles entenderem que um só jogador na área não confunde ninguém. Temos que insistir muito nisso com os jogadores. Agora, fizemos um gol parecido com aquele contra o Danubio, já que tínhamos três lá dentro”, comemorou. “Se não está dando certo, coloco mais alguém, como o Kardec, para o Luis não ficar muito sozinho.”
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Outro problema que Muricy acredita ter solucionado é a previsibilidade do ataque são-paulino. O técnico tem exigido mais inversões de jogo, para surpreender as defesas adversárias, e viu o seu time ser obediente nesse quesito na noite de quarta-feira.
“É um defeito nosso. Converso muito com eles sobre isso. A gente morre com a bola de um lado do campo. A marcação se fecha, e a nossa equipe não consegue inverter rapidamente, girar a bola”, disse Muricy, que voltou a apelar para o discurso no intervalo do jogo com os argentinos. “Falamos muito. É algo fácil de resolver porque a gente conversa com os jogadores, que têm talento e passaram a fazer muitas inversões no segundo tempo”, acrescentou.
As conversas no CT da Barra Funda deverão ser mais leves na tarde desta quinta-feira, na reapresentação do São Paulo, graças ao resultado positivo pelo grupo 2 da Copa Libertadores da América. O treinamento também será assim, com apenas um trabalho regenerativo para quem enfrentou o San Lorenzo.
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Tímidos
Não são todos os jogadores do São Paulo que se sentem completamente à vontade para dialogar com Muricy Ramalho. O técnico lembrou que respeita o jeito reservado do meia Paulo Henrique Ganso, por exemplo, vaiado durante o jogo com o San Lorenzo. E ainda espera mais abertura por parte do argentino Ricky Centurión.
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“O Centurión ainda está se adaptando, fazendo boas e más partidas. Não é de conversar muito, mas já está falando um pouco. Ele tem que entender que não deve só driblar, driblar e perder a bola”, conversou Muricy, embora satisfeito por ter ganhado o meia-atacante de velocidade que tanto queria para 2015.
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