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O salário do superintendente de futebol do Santos ainda gera muita discussão e divergências dentro e fora do Santos Futebol Clube. Torcedores, conselheiros, dirigentes e até parte da comissão técnica não escondem o incômodo com Dagoberto Santos. Em cima disso, Modesto Roma Jr foi questionado na última reunião do Conselho Deliberativo do clube, dia 16. E, ao afirmar que Dagoberto recebia 60% menos do que seu antecessor, acabou causando uma grande confusão.
"De fato fiquei assombrado com o conteúdo da declaração do presidente, porque o que ele disse é absolutamente distante da realidade, e ele sabe muito bem disso. O salário que eu recebia no Santos foi negociado diretamente com o presidente e era muito inferior ao que foi mencionado por ele", disse André Zanotta, ex-superintendente do Peixe, ao blog do jornalista Ademir Quintino.
Porém, Modesto Roma Jr explicou à reportagem que seu recado não era para Zanotta, que pediu demissão logo após o Campeonato Paulista, após cinco meses trabalhando com a atual gestão. Vale lembrar que o ex-cartola também trabalhou por dois anos com a cúpula do ex-presidente Odílio Rodrigues.
“O Zanotta entendeu que eu estava falando dele. Eu falei que o Dagoberto recebe 60% menos do que recebia seu antecessor. Eu não falei do Zanotta. Eu estava falando do Zinho. Mas um jornalista entendeu errado, escreveu que era o Zanotta e ele acabou falando essas coisas por aí. Eu estava falando do Zinho, pô”, disse o presidente santista.
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Antes de Modesto Roma Jr assumir a presidência, Zinho era o gerente de futebol do Peixe e também convivia com uma polêmica sobre seu salário, que girava em torno de R$ 140 mil, além de outras bonificações.
“Quanto recebe os superintendentes dos grandes clubes de São Paulo? Não vou nem contar o Rodrigo Caetano (do Flamengo). Temos que analisar o valor de mercado”, justificou Modesto.
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Dagoberto Santos, que também foi homem forte durante o período que Marcelo Teixeira comandou o clube, iniciou a temporada como CEO. Atualmente, o dirigente ocupa os cargos que antes eram de Sandro Orlandeli, André Zanotta e Zinho. O acúmulo de funções é outra justificativa do mandatário para bancar um ‘contrato de jogador’ a Dagoberto.
Como pessoa jurídica (PJ), o superintendente recebe R$ 80 mil atualmente, que serão elevados a R$ 95 mil, em 2016, e R$ 110 mil, em 2017. Em caso de demissão, o Peixe terá de arcar com 50% de todos os salários previstos até dezembro de 2017. Fora isso, Dagoberto receberia bichos a cada vitória da equipe, mas este item, segundo Modesto, já não existe mais.
“Isso é um erro, realmente, do contrato, que está corrigido. E o Conselho Fiscal existe para isso mesmo, para corrigir e acertar as coisas que podem ter interpretação errada”, falou à Espn na terça.
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