Esportes

Modesto faz primeiro balanço, esclarece situação e tenta acabar com “fofoca”

Nesta quinta-feira, o presidente do Santos foi ‘metralhado’ por perguntas polêmicas e de temas diversos

Publicado em 22/01/2015 às 14:57

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O presidente Modesto Roma Jr, empossado no começo do ano para suceder Odílio Rodrigues, passou pouco mais de uma hora conversando com os jornalistas na sala de imprensa da Vila Belmiro. Segundo Modesto, estas entrevistas devem acontecer de 15 em 15 dias com a intenção de manter um bom relacionamento com a imprensa, acabar com boatos e tirar todas as dúvidas do torcedor santista.

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Nesta quinta-feira, Modesto foi ‘metralhado’ por perguntas polêmicas e de temas diversos. Mandou recado para jogadores que preferiram entrar na Justiça ao invés de negociar uma situação, disse que o clube já conseguiu alcançar uma economia anual de R$ 23,9 milhões, refutou fazer qualquer tipo de parceria com Marcelo Teixeira, revelou já ter agendado três jogos do time no interior do Estado neste Paulistão e aprovou o veto da presidente Dilma sobre o refinanciamento da dívida dos clubes sem qualquer contrapartida.

Confira os principais pontos da entrevista de Modesto Roma Jr nesta quinta-feira:

Vazamento de informações

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A primeira coisa do planejamento é o fim da fofoca. Enquanto estivermos baseando informações em fofoca vai ser essa encrenca. Parei de entrar no Facebook porque o que está ali é um momento de desestabilização. Ontem, ia com a minha filha para casa, que vi na internet que eu estava reunido com o Diego Ribas. Eu falei que tinha o dom de estar em dois lugares ao mesmo tempo. Não dá para ficar baseando informações em boatos. Chega, deixem de bobagem. Eu sei que a vida está dura, não tem informações, mas criar notícias é coisa para estagiário, não profissional.

Falta de gratidão de Aranha após o caso de racismo

Relações profissionais são profissionais, de gratidão são de gratidão. Não falo de nada ligado à Justiça. Ela fala por si. Não dá para ficar imaginando. Não vamos fazer uma questão de mentiras. Quanto a questão de racismos, o Santos defendeu e vai defender sempre os atletas em todas as situações de racismos ou de qualquer situação discriminatória, sempre, a todo o momento.

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Salário dos funcionários

Pagamos, sim, graças a Deus, ontem a noite, o 13º salário. Estamos muito preocupados com a parte humana dos funcionários, vamos pagar muito brevemente o restante.

Walter, Alison e goleiro

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Vamos por partes e vamos esclarecer. Walter é um jogador que interessa dentro de determinadas condições. Negociamos, quando surgir a realidade, vocês vão saber. Não dá para ficar anunciando cada contratação quando estão sendo feitas. Eu soube que o jornal X está querendo o jornalista Y. Vai acontecer quando tiver que acontecer. O departamento de RH não é alvo da imprensa. Da mesma forma, as contratações do Santos são feitas com seriedade, preservação de imagem de todas as pessoas. Não dá para soltar balão de ensaio, pois cria expectativa na torcida, nos adversários. Saiu a notícia de que o Santos queria contratar o Jefferson, o goleiro do clube se sentiu aborrecido e entrou na Justiça.

Situação sobre jogadores que entraram na Justiça e não têm clima no clube

Conversei com dois empresários: do Alison e do Lucas Lima. O do Lucas Lima chegou na minha sala, estava o Dagoberto (Santos, CEO do clube), o Conforti (César, vice-presidente), estavam algumas pessoas, dizendo que o atleta não queria mais ficar, estava com a cabeça na Europa, queria ir, e conversamos. Eu disse: ‘converse com o atleta. Ele foi, conversou e essa semana almoçamos em um restaurante de Santos, fizemos uma novação de contrato, prevendo até o fim de 2017 a permanência, se ele quiser sair durante a vigência, vamos conversar’. O empresário do Dracena foi conversar comigo, disse que queria sair e nós acertamos a sua saída. E quem quiser conversar para ficar ou sair, vamos conversar.

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Modesto Roma Jr concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (Foto: Divulgação/Santos FC)

Clima para estes jogadores ficarem

Quem veio conversar, conversou. Quem veio buscar uma solução com a gente, tivemos uma solução boa. Vi jogadores como Alison e Lucas muito empenhado em treinos, um ambiente agradável, está gostoso. Para tomar qualquer posição, o atleta precisa conversar comigo. Agora, o lugar de conversar cada um escolhe. Na Justiça quem conversa são os nossos advogados. Na minha sala sou eu. Quem quiser ir à minha sala conversar, vai ser recebido, vai tomar um café muito bom e vamos conversar. Agora, cada um escolhe.

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Reforços, patrocínio e contas

O acordo com a empresa chinesa está ainda encaminhado. Disse apenas que ainda não está fechado como achávamos que estaria. O Santos está negociando e aguardando a definição.

Quanto aos jogadores, ainda buscamos. O Santos, nessa mudança toda, diminuiu a sua folha em R$ 33,5 milhões no ano. E com as contratações que fez, gastou R$ 9,5 milhões. Então, deu um saldo de R$ 23,9 milhões. Tudo isso nesses últimos 21 dias. Estamos trabalhando, embora alguns digam que precisamos começar a trabalhar e parar de reclamar. Eu, pessoalmente, tenho mais oito companheiros de Comitê, tenho gente no futebol, Dagoberto, André, Dimas, Enderson... A minha opinião é que com o elenco que temos vamos longe no Paulista. Estou apostando em um Santos com boas chances de irmos à final e vencermos a final. Não digo que isso vai acontecer porque o futebol é mágico exatamente por isso, não existe favoritismo no começo, mas acho que temos um bom elenco. Se surgir uma oportunidade pontual vamos atrás, mas estou satisfeito para a estreia no dia 1º.

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Jogos no interior

Estamos trabalhando em uma promoção para esse jogo (estreia contra o Ituano, na Vila), queremos a torcida aqui torcendo e incentivando. Vamos fazer cinco jogos na Vila e três fora da Vila. Vamos jogar uma no Pacaembu, uma em São José dos Campos e uma provavelmente em São José do Rio Preto, que precisa apresentar alguns laudos, mas estamos em contato vendo isso. São jogos contra o Red Bull, contra a Linense e contra o Audax. A cidade de São Paulo tem quatro times e um de Osasco disputando o Paulista, todas as datas têm jogos e a PM não aceita fazer mais de um jogo.

Destino do dinheiro com a venda da porcentagem de Gabriel, Geuvânio, Alison e Daniel Guedes

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É um assunto importante. O fatiamento de atleta para se investir em atleta eu acho válido, para a renovação do atleta é importante, para pagar outras coisas é complicado. Nós temos um grupo, na campanha nós dizíamos que teríamos um grupo olhando para trás e outro olhando para frente. Temos uma equipe analisando a parte contábil, jurídica e do que aconteceu até 31 de dezembro. Porque o torcedor precisa ser informado de tudo o que acontece no clube dele, e temos o grupo que olha para frente, sem poder olhar para trás, para avançar. Não posso dar informação do que está para trás enquanto não terminarem a radiografia importante para as cosias do clube. Quando eles trouxerem as informações, elas serão divulgadas ao Conselho Deliberativo do clube, à torcida do Santos. Falar alguma coisa sem termos dados verdadeiros é leviandade e temos que ter respeito aos homens que passaram, sem fazer acusações que não respeitem a verdade, vamos sabê-la primeiro para não mentirmos.

Vamos ver os números verdadeiros para não ficar em ‘achometros’, inverdades. Estava conversando com o Oswaldo e o Tremura (grupo que está analisando as contas da gestão de Odílio) e acreditamos que em 15 de fevereiro possamos ter algo.

Parceria com Marcelo Teixeira

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Não é uma possibilidade a ser considerada. O Santos tem que andar com suas pernas. O Marcelo é um cara de grandeza e postura irrepreensível, amigo meu e muito mais amigo do Santos. O Marcelo tem tido uma colaboração imensa, mas o Santos tem que aprender a andar com suas próprias pernas, não pode mais usar muletas, não pode mais ficar dependendo de mecenas. O Santos é uma entidade séria e responsável. Lugar de pedir dinheiro emprestado é no banco. E existe algum banco MT no mercado? O Marcelo não é banqueiro. E é mentira dizer que cobrou juros (sobre a dívida do clube com o ex-presidente). Ele era avalista do Santos, os avais não foram honrados e ele precisou honrar. Temos que parar de falar bobagens.

Veto de Dilma sobre refinanciamento da dívida dos clubes

Não tinha muita alternativa. É importante para os cubes o parcelamento, é sim. Os clubes precisam refinanciar. Mas, se isso vier desacompanhado de uma lei de responsabilidade fiscal, daqui a dois ou três anos estaremos pedindo um novo refinanciamento. A presidente foi responsável no veto. Não que a lei do financiamento não seja importante. Ela é, mas tem que ter uma contrapartida de responsabilidade dos clubes. Queremos o financiamento, mas entendo a postura da presidente de querer que isso venha junto.

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