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Massa demonstra otimismo na Williams e não se assusta com Vettel e Alonso

Já adaptado à escuderia inglesa e otimista pela pré-temporada, o piloto da Willians afirmou em que está na segunda melhor equipe do grid

Publicado em 09/03/2015 às 12:20

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Felipe Massa embarca neste domingo para Melbourne para a semana final de preparação antes de iniciar a sua 13.ª temporada na Fórmula 1, a segunda pela Williams. A partir de agora, o piloto vai passar pouco tempo em Mônaco, onde mora, para viajar pelo mundo em 20 etapas.

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Já adaptado à escuderia inglesa e otimista pela pré-temporada, Massa afirmou em entrevista exclusiva que está na segunda melhor equipe do grid e prevê que nem o alemão Sebastian Vettel na Ferrari nem o espanhol Fernando Alonso na McLaren vão ter muitas chances de superar a Williams em 2015.

As outras equipes devem conseguir diminuir o domínio da Mercedes durante a temporada?

Não acredito. Ela ainda está bem à frente das demais equipes. Mas, pelo que mostramos até agora, estamos na briga para ser a segunda força da Fórmula 1. A Ferrari melhorou o motor e se aproximou de nós, comparando com o fim do ano passado. Mas estamos bem, temos um carro competitivo e vamos para cima.

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Em que pistas o desempenho da Williams pode ser melhor?

Em tese, acho que devemos continuar indo bem naquelas pistas de longas retas, mas não se pode esquecer de algumas equipes. O melhor exemplo é a Ferrari. Eles melhoraram o motor. Então, temos de esperar o início do campeonato para ter uma noção exata. Mesmo assim, também temos de evoluir nesse tipo de circuito. Em compensação, nossos números em Barcelona mostraram uma melhora. E lá não tinha sido uma pista favorável em 2014.

A Pirelli prevê que em algumas pistas os carros consigam ser até quatro segundos mais rápidos. Qual a sua expectativa?

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Acho essa estimativa um pouco exagerada. Se olharmos os tempos da pré-temporada, os carros estão mesmo mais rápidos que nesta mesma época do ano passado. Mas acredito que 2,5 segundos é um cálculo mais próximo da realidade do que o apresentado.

Quais mudanças os pilotos sentiram pelo novo desenho do bico dos carros? O estilo de guiar foi afetado?

Essas mudanças têm o objetivo de piorar a aerodinâmica e obrigam as equipes a buscar a pressão que foi perdida. E tudo passa pelo bico. A cada ano a meta é recomeçar a entender o carro. Mas grande parte do que foi perdido já foi recuperado. Em mais de três meses, desde o fim do campeonato do ano passado, já deu para avançar bastante em termos de desenvolvimento.

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Quais os principais aspectos do carro da Williams que ganharam melhorias em 2015?

O carro está mais inteligente e mais trabalhado. Já era bom o que tínhamos em 2014, mas a suspensão e asa traseira melhoraram bastante. O conceito é basicamente o mesmo do ano passado, mas, como a base já era boa, foi possível melhorar a aerodinâmica e a parte traseira do carro.

Bottas começou 2014 com resultados melhores, mas no fim do ano quem se destacou mais nas corridas foi você. Quem começa em vantagem agora?

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Não creio que exista vantagem para nenhum dos dois. Estamos concentrados em trabalhar para a equipe e dar o melhor de nós. Apenas isso. Claro, pensando sempre em conquistar o máximo possível.

Felipe Massa embarca neste domingo para Melbourne para a semana final de preparação antes de iniciar a sua 13.ª temporada na Fórmula 1 (Foto: Reprodução/Instagram)

Os testes de pré-temporada tiveram mais equilíbrio do que os realizados em 2014. Isso deve ser levado em consideração ou há equipes que podem estar fazendo mistério?

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Quem poderia estar escondendo o jogo era a Red Bull. Mas, como até o final dos testes eles não apareceram, então a maior possibilidade é que eles tenham algum problema no carro.

A temporada volta a ter pontuação simples na última corrida e não dobrada, como foi em 2014. Qual das formas mais te agrada?

O mais simples e correto é a pontuação simples. O sistema do ano passado foi criado na tentativa de chegar à última etapa com vários pilotos brigando pelo título. Só não deu completamente errado porque os dois pilotos da Mercedes levaram a decisão até o final.

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A nova regulamentação para o desenvolvimento de motores trouxe algumas confusões. Como você avaliou a definição do imbróglio, com a resposta positiva dada à Honda?

A grande dificuldade que as fábricas enfrentam é o alto nível de tecnologia da Fórmula 1. E não apenas em relação aos motores, mas todo a unidade motora, que envolve também as baterias e uma série de outros componentes. É muito difícil para uma casa começar do zero, fazer e preparar os motores. A maioria dos fabricantes sofreu, não apenas a Honda.

No começo do ano passado você destacou que a sua troca de equipe foi muito benéfica. Você acredita que as chegadas de Alonso e Vettel podem ajudar na reação da McLaren e da Ferrari?

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Acredito que todas essas mudanças podem acabar beneficiando a Williams. Mesmo sendo capaz de somar muitos pontos mesmo com um carro não muito bom, dificilmente o Alonso somará no ano o mesmo número de pontos que conseguiu marcar na Ferrari em 2014. Da mesma forma, o Vettel saiu de uma equipe em que foi tetracampeão do mundo e também tenho dúvidas se pontuará tanto quanto conseguiu no ano passado.

O acidente do Alonso acrescentou aos pilotos uma maior preocupação com a segurança na categoria?

Primeiramente, precisamos saber o que realmente aconteceu, porque até agora não está claro o que causou o acidente. Sem conhecer o motivo, fica difícil falar algo.

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Você tem falado com familiares ou pessoas próximas ao Alonso sobre a recuperação dele?

Sim, troquei mensagens com ele nestes dias, a última delas ainda hoje (a última sexta-feira). Pelo que senti desse contato, o Alonso me pareceu muito bem. Felizmente.

A Red Bull aposta em uma jovem dupla de pilotos e teremos em 2015 Max Verstappen, que será o piloto mais jovem da história. Como você analisa essa precocidade na Fórmula 1? É perigoso queimar etapas ou o processo é positivo para a categoria?

Não me agrada ver alguns pilotos queimando etapas da carreira. O caso do Verstappen é um exemplo. Apesar de todo o talento que possa ter e do que já fez na curta carreira, está entrando cedo demais. A esta altura, deveria estar nas categorias de base. Eu mesmo, que entrei na Fórmula 1 com 20 anos, senti como me faltou experiência. Ele será rápido, mas corrida tem outras coisas e a falta de bagagem pode pesar. E não gostei da nova regra da FIA, que a partir de agora não vai mais permitir que pilotos assim entrem na Fórmula 1. Apesar disso, a FIA vai deixá-lo correr. Afinal, se ele ainda não estreou, está na mesma situação.

Você se deu muito bem em pistas que já não estão mais no calendário da categoria, como Turquia, Valência e França. Sente falta desses autódromos no calendário?

Não andar mais nessas pistas não é necessariamente um problema ou uma desvantagem. Mas é claro que é sempre legal pilotar num circuito onde você tem um bom histórico. É principalmente o caso da Turquia, onde ganhei três vezes.

Temos a inclusão do GP do México no calendário. Apesar dos testes em simulador, quais dificuldades a pista pode oferecer? A localização na altitude pode interferir?

Será uma pista nova para todos, o que significa condições iguais. A altitude não deve mais interferir na potência dos motores porque o turbo não tem esse problema. Em São Paulo, perdíamos até 80 cavalos com os aspirados. Depois dos turbos, a perda praticamente inexistiu.

Você acompanhou o desenvolvimento recente de Felipe Nasr rumo à Fórmula 1. O que a torcida pode esperar dele?

Antes de mais nada, espero que a torcida o apoie e entenda que ele estará dando todo o sangue para fazer o melhor. Ele está começando em uma equipe com um bom histórico para estreantes, como foi o meu caso. Mas a equipe também precisa ter paciência e entender que a temporada de 2015 será a primeiro dele na categoria. Tomara que seja a primeira de muitas. Pelo que vi na pré-temporada, o carro da Sauber melhorou bastante na comparação com o do ano passado.

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