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Luiz Felipe Scolari participou da maior parte da campanha do rebaixamento do Palmeiras no Brasileiro e, agora, está à frente da Seleção Brasileira. Com o apoio de um dos maiores ídolos da história do clube. Marcos lembra que o técnico foi campeão mundial há dez anos peitando o apelo popular por Romário e, na CBF, terá menos problema para lidar com os atletas.
“O Felipão vai ter até mais facilidade na Seleção do que em um time. Em clube, você não pode dispensar um jogador porque ele tem muito tempo de contrato, fica mais difícil. Na Seleção, você escolhe quem vai”, opinou o ex-goleiro, que teve o gaúcho como último treinador em sua carreira.
Scolari saiu do Verdão após a 24ª rodada do Brasileiro, três dias antes de um clássico contra o Corinthians – coube ao ex-defensor Narciso comandar o time interinamente na derrota por 2 a 0 que teve tentativas de agressão ao presidente Arnaldo Tirone e ao vice-presidente Roberto Frizzo e depredação do Pacaembu e de lanchonete de Frizzo.
Além da penúltima colocação e a distância de sete pontos para a saída da zona de rebaixamento, Felipão deixou um elenco dividido: poucos o apoiavam. O estilo do gaúcho, que teve problemas com Valdivia e se envolveu polêmica que selou a saída do atacante Kleber para o Grêmio, gerou tanto incômodo nos atletas que alguns vetaram a contratação do também disciplinador Emerson Leão.
Gilson Kleina, em 13 jogos, não conseguiu diminuir os prejuízos deixados por Felipão e o Palmeiras caiu. Mas Marcos acredita que seu ex-técnico será mais eficiente na Seleção. “O Felipão aguenta cobrança pesada. É só ver em 2002. Ele não levou o Romário, mesmo com toda a pressão popular, porque o grupo estava fechado. E bateu nisso até o final”, lembrou.
O ex-goleiro estava no time que conquistou o Mundial de 2002 com Scolari, e reencontrará o técnico nesta terça-feira, no Pacaembu, no jogo de sua despedida envolvendo campeões daquela Copa e da Libertadores de 1999 pelo Palmeiras. Ao falar com o treinador, Marcos reforçará seu apoio.
“Na Copa no Brasil, a cobrança sobre a Seleção será muito forte. Acho que foi pensando nisso que o (presidente da CBF, José Maria) Marin escolheu o Felipão e também o (coordenador técnico Carlos Alberto) Parreira, que já participou de várias Copas e ganhou em 1994”, comentou o ídolo palmeirense.
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