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No início da semana, Victor Ferraz foi à sala de imprensa do CT Rei Pelé para falar sobre o frustrante empate contra a Ponte Preta, na Vila, e além de se mostrar consciente de que o técnico Marcelo Fernandes estava pressionado no cargo, garantiu que o elenco correria por ele. Nesta quarta, o time sofreu, mas arrancou um empate contra o Atlético-MG fora de casa e deu sobrevida ao técnico. Fernandes admitiu que tem percebido a atitude dos jogadores, mas pediu foco apenas no campo.
"Sou suspeito para falar. Estão preocupados com a situação da comissão, por não estar ganhando e, ao mesmo tempo, por mim. Sinto isso. Mas independentemente disso, eles têm de jogar por eles", disse o treinador, claramente tocado com o respaldo do grupo.
Marcelo Fernandes assumiu o Santos interinamente na oitava rodada do Campeonato Paulista e, após duas boas vitórias, viu o próprio elenco pressionar a diretoria por sua efetivação. Modesto Roma Jr negociava com Dorival Jr. e Vagner Mancini na época, mas foi convencido por Robinho e companhia e viu o Peixe, desta forma, levar o título Paulista.
Porém, em pouco tempo, o cenário mudou. Com o empate por 2 a 2 com o Galo, o time da Vila Belmiro chegou a seis jogos sem vencer e pode terminar a sétima rodada do Campeonato Brasileiro na zona de rebaixamento.
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"A equipe está se doando muito. Nos cinco jogos para trás, o pessoal estava angustiado por tudo o que estava acontecendo. Está todo mundo querendo muito. A torcida não está feliz com os resultados, mas também não estamos. O time está lutando, tivemos inúmeros desfalques e, mesmo assim, jogamos de igual para igual com uma grande equipe. Temos condições de jogar assim contra qualquer equipe do Brasil", avisou Marcelo Fernandes, em tom de desabafo e ciente de que segue na berlinda.
Contra o Galo, o Peixe não teve David Braz, Cicinho, Chiquinho, Renato e Robinho à disposição e ainda perdeu Elano com 12 minutos do primeiro tempo. Mesmo assim, Fernandes acredita que a equipe poderia ter conseguido a vitória no fim.
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"Nós tínhamos que partir para o jogo. O Atlético é uma excelente equipe. Sabíamos que teríamos dificuldades, erramos do meio para o final do primeiro tempo. No entanto, entramos firmes e fortes. Não mexemos na equipe porque sabia que o time podia melhorar. Chegamos ao empate e tivemos contra-ataques para matar o jogo", avaliou.
Agora, como teve o jogo antecipado, o Santos ficará dez dias trabalhando até a próxima rodada, dia 20. E o desafio será nada menos do que o clássico contra o Corinthians, na Vila. A partida, sempre muito aguardada pelos torcedores santistas, deve ser de ‘vida ou morte’ para Marcelo Fernandes.
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