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A catimba argentina equilibrou as coisas e ajudou o Tigre a parar o favorito São Paulo na primeira partida da final da Copa Sul-americana, na noite desta quarta-feira. Muito porque o atacante Luis Fabiano caiu em provocação e foi expulso no começo, juntamente com o zagueiro adversário Donatti. Com pouquíssimas chances de gol, a partida em La Bombonera terminou 0 a 0.
O jogo decisivo será daqui a uma semana, no Morumbi. O clube anunciou que a carga inicial de 64 mil ingressos se esgotou, mas novos bilhetes podem ser colocados à disposição. Nos quatro jogos até aqui em seu estádio na competição, o time tricolor, que tem a melhor defesa, não foi vazado nem sequer uma vez.
Para ser campeão, o São Paulo precisa de uma vitória simples. Como na final o gol marcado como visitante não é critério de desempate, qualquer empate na capital paulista força prorrogação. Em caso de nova igualdade, o troféu será decidido nos pênaltis.
Ney Franco havia preservado os titulares do clássico contra o Corinthians para chegar com força máxima nesta quarta-feira. Luis Fabiano, porém, tratou de atrapalhar os planos. Logo aos 13 minutos, o atacante envolveu-se em confusão e, após levar um soco de Donatti no braço, tentou acertar o zagueiro com as travas da chuteira. O árbitro conteve o tumulto expulsando os dois jogadores.
Nenhum dos treinadores mexeu na equipe por isso, já que tinham dois jogadores nos respectivos setores prejudicados. O São Paulo tinha Lucas e Osvaldo, sendo que os suplentes habituais, Willian José e Ademilson, tinham sido cortados do banco de reservas em Buenos Aires.
O jogo continuou quente no primeiro tempo, e Maggiolo estranhou-se com Rafael Toloi. Além de trombadas e provocações, o zagueiro brasileiro se queixou de soco na boca, dentro da área ofensiva. Osvaldo e Jadson foram outros são-paulinos caçados pela marcação. O atacante ficou com a canela direita marcada e sangrando. “Estão vindo na maldade”, disse, no intervalo.
Reclamar foi a tônica após um primeiro tempo em que o São Paulo teve muito mais posse de bola, mas encontrou um adversário, além de faltoso, muito bem postado defensivamente. A melhor chance da etapa inicial saiu quando Luis Fabiano ainda estava em campo. Em condição legal, ele recebeu passe com liberdade dentro da área e chutou rasteiro, em cima de Albil.
O goleiro só voltou a trabalhar aos 26 minutos, quando o volante Denilson arriscou arremate de longa distância. A bola, a princípio, parecia fácil, mas quicou à sua frente e o obrigou a fazer complicada defesa. Com um tapa, ele a tirou para escanteio e, de novo, evitou a inauguração do placar.
Pelo lado argentino, o único jogador a preocupar era Botta. Ágil, ele deu algum trabalho pela ponta direita. O problema é que, apesar da velocidade do atacante, o Tigre não soube aproveitar os desarmes. Sem armação eficiente no meio-campo, a equipe mandante não conseguiu contra-atacar como queria.
O segundo tempo foi diferente, e os argentinos mostraram um pouco mais suas garras. Povoando bem mais o campo de ataque, o Tigre se valeu de consecutivas bolas levantadas à área. A pressão pendurou praticamente toda a defesa do São Paulo: os zagueiros Rafael Toloi e Rhodolfo e o volante Denilson levaram cartão amarelo por faltas cometidas.
Ney Franco sacou Jadson e promoveu a entrada de Cícero. A substituição aumentou a estatura da equipe são-paulina, mas pouco contribuiu ofensivamente. Até porque, nas vezes em que tomava a bola, o time brasileiro se livrava dela rapidamente. Tanto que Albil pouco trabalhou na etapa final. Sem risco para os dois lados, a decisão ficou para o Morumbi.
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