Lugano teme a “grande habilidade” de Neymar de simular faltas

Diego Lugano elogiou bastante Neymar nesta terça-feira, véspera de o Uruguai decidir com o Brasil uma vaga na final da Copa das Confederações. Mas não por causa dos gols e dribles do atacante na fase de grupos do torneio. A preocupação do ex-zagueiro do São Paulo é com o talento do atacante do Barcelona para simular faltas.

“Estou muito preocupado com isso. O Neymar tem uma grande habilidade para inventar faltas. Ele faz isso perfeitamente. Acompanho o futebol brasileiro e sei o que estou falando”, disse Lugano, para quem o rival já deu uma prova da sua qualidade na vitória por 4 a 2 sobre a Itália. “Ele teve muita habilidade para inventar faltas naquele jogo. Por ser muito leve, caía com qualquer toque. Temos que estar atentos a essa grande habilidade desse craque brasileiro”, voltou a enfatizar.

Neymar já está acostumado à crítica feita por Lugano. Os próprios italianos se queixaram da postura do brasileiro na rodada anterior da Copa das Confederações. Na competição, no entanto, ele também tem mostrado que sabe cometer faltas, e não apenas sofrer. Tirou o lateral direito Abate do torneio depois de uma disputa de bola, ficou pendurado por cartão amarelo e tornou-se um dos mais violentos atletas do time dirigido por Luiz Felipe Scolari.

“O Brasil tem jogo bonito, mas pega forte com os seus rivais faz tempo. O futebol brasileiro é mais forte do que imaginamos, com sistemas táticos pegadores. Joguei lá e sei disso”, polemizou Lugano, famoso por seu estilo truculento, citando até o ex-volante Mauro Silva na análise.

Para o técnico uruguaio Óscar Tabárez, no entanto, a violência dos atacantes brasileiros é uma consequência do estilo ofensivo de jogo adotado na Copa das Confederações. Segundo ele, o Brasil precisa conter como puder a saída de bola de seus adversários para não expor os defensores. A explicação é a mesma dada por Felipão.

De qualquer maneira, com jogo duro ou simulação, Lugano acredita que a cordialidade prevalecerá entre uruguaios e brasileiros no Mineirão. “Há muito respeito entre os jogadores, pois quase todos se conhecem. Eu mesmo joguei muito tempo no Brasil, Como uruguaios, estamos orgulhosos por disputar essa partida, voltando a competir em um nível que o nosso país merece”, concluiu o ídolo do São Paulo, atualmente no Málaga, da Espanha.