Peres foi afastado por irregularidades nas contas do clube em 2019 / Ivan Storti/Santos FC
Continua depois da publicidade
José Carlos Peres foi afastado da presidência do Santos na noite desta segunda-feira. Em reunião virtual do conselho deliberativo do clube, foi aprovado relatório da comissão de inquérito e sindicância do clube que recomendava a saída do presidente e de todo o comitê gestor.
A exceção é o vice-presidente Orlando Rollo, que assume o comando da agremiação. O entendimento da comissão é que ele, licenciado da gestão desde 2018, não teve participação na administração.
Continua depois da publicidade
Peres foi afastado por irregularidades nas contas do clube em 2019. O resultado financeiro já havia sido reprovado pelo conselho deliberativo e pela comissão fiscal.
A comissão fiscal apontou irregularidades nas demonstrações financeiras referentes ao ano passado, como pagamento de comissões não devidas nas transferências de jogadores, uso do cartão corporativo do clube para compras pessoais e diferenças entre orçamento e gastos efetivos.
Continua depois da publicidade
No total, 161 conselheiros aprovaram do parecer da comissão de inquérito e que recomendava o afastamento de Peres. Seis foram contra e nove votaram em branco.
A partir desta terça (29), o presidente do conselho deliberativo, Marcelo Teixeira, terá 60 dias para marcar uma assembleia de sócios para votar pela aprovação ou não do impeachment. Se isso não acontecer ao final deste prazo, Peres voltaria ao cargo, mas por pouco tempo. A eleição presidencial no Santos deve acontecer no início de dezembro, embora ainda não tenha sido definida uma data. Ele não é candidato à reeleição.
É a segunda vez que o presidente é afastado em votação do conselho deliberativo. Em setembro de 2018 a assembleia de sócios rechaçou o impeachment e Peres voltou ao cargo.
Continua depois da publicidade
Dos presidentes que o Santos teve nesta década antes de Peres, dois foram expulsos do quadro associativo por supostas irregularidades na presidência (Odílio Rodrigues Filho e Modesto Roma Filho) e um renunciou ao cargo (Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro).