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Salários atrasados fizeram Aranha entrar na Justiça para rescindir com o Santos, mas ver que novos goleiros eram buscados pelo clube influenciou na saída, concretizada em acordo assinado há uma semana. Em sua apresentação no Palmeiras, nesta terça-feira, o veterano admitiu que ouvir a proposta feita a Jefferson, do Botafogo, pesou na sua saída da Vila Belmiro.
“A possível contratação de outros goleiros foi um dos motivos que me levaram a tomar a decisão. A coisa muda quando não se está seguro na sua posição, profissionalmente e financeiramente. Contratar goleiro não partiu da nova diretoria, é já da eleição. Tenho que respeitar porque futebol é assim, mas comecei a pesar vários fatores”, declarou Aranha.
O próprio Jefferson confirmou a oferta do Santos. Antes dele, Aranha, que era titular do Peixe desde 2013, mostrou claro incômodo com rumores sobre o mexicano Ochoa. A falta de confiança, somada aos salários atrasados, encaminharam o fim da passagem do goleiro, campeão como reserva da Libertadores de 2011, da Recopa Sul-Americana de 2012 e dos Paulistas de 2011 e 2012.
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“Tem gente que fala agora em ‘mercenário’, ‘só pensa no dinheiro’, mas penso na família. Até porque posso pendurar minhas medalhas no pescoço, mas chega conta de luz, água, compromissos... E aí? Como pai de família e homem, chega um momento em que preciso colocar tudo na balança”, argumentou, esperando que outros clubes brasileiros sejam responsáveis financeiramente como sua nova equipe.
“Não dá para ser profissional só no nome. Clubes como o Palmeiras, que pagam em dia, devem servir de exemplo, senão o negócio fica nivelado por baixo. Por muito tempo, ficamos tolerando e elogiando o futebol de fora, esquecendo de cuidar do que é nosso. Foram largando, atrasando salário, os campeonatos ficando ruins e, hoje, moleques de cinco, sete, dez anos torcem para Real Madrid e Barcelona”, reclamou.
Porém, mesmo já vestindo a camisa do Palmeiras, o goleiro se recusou a criticar o Santos publicamente. “Se tem uma coisa que posso falar com toda certeza e tranquilidade é que sou muito grato a tudo que o Santos fez por mim. Sempre fui bem tratado lá, pela torcida e pelo clube. Tive momentos maravilhosos e, mesmo na dificuldade, nunca fui abandonado. Não tenho brigo nem nada lá”, garantiu Aranha, defendido pelo Peixe após ofensas racistas no ano passado.
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“Em momento algum me manifestei criticando a diretoria passada ou a nova, a torcida ou o clube. Tomo minhas decisões de acordo com o que acho que é bom para a minha vida e a minha carreira. Senti que o ciclo estava acabando, não teria como voltar a jogar depois de tudo que aconteceu, da maneira que aconteceu”, justificou-se o novo camisa 25 do Verdão.