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A desgastada Itália precisou participar de mais uma disputa de pênaltis para derrotar o Uruguai e conquistar a terceira colocação da Copa das Confederações. Menos de três dias após uma longa partida contra a Espanha, na qual acabou sendo derrotada nos tiros da marca penal, a equipe dirigida por Cesare Prandelli triunfou em Salvador.
Os italianos estiveram à frente no placar duas vezes, mas sofreram com o ótimo Cavani, autor dos gols que definiram o empate por 2 a 2 ao fim dos 90 minutos. Os uruguaios só buscaram o ataque no segundo tempo da prorrogação, quando ficaram com um homem a mais, e acabaram sendo castigados nos pênaltis: 3 a 2.
Forlán, que já havia perdido um tiro livre decisivo na semifinal contra o Brasil, abriu a série chutando no meio e parando em Buffon. De Sciglio também perdeu sua cobrança, mas Buffon voltou a aparecer nos chutes de Cáceres e Gargano, fechando a disputa com a bola em suas mãos. Bonucci, que fecharia a série, nem precisou bater.
O jogo
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Cheia de problemas físicos, a Itália teve várias modificações para o duelo em Salvador. Ainda assim, a disposição tática das equipes favoreceu os vice-campeões europeus, que estabeleceram certo domínio no meio-campo e contaram com bom desempenho dos volantes De Rossi e Candreva.
Com três homens na frente, o Uruguai tinha apenas três marcadores no meio. Assim, os comandados de Cesare Prandelli obtinham sucesso atacando pelos lados, sobretudo pela esquerda --- coincidência ou não, porção do campo protegida pela sombra da cobertura da Fonte Nova.
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Em uma falta por ali, Chiellini quase marcou de cabeça. Na sequência, De Sciglio recebeu no setor e cruzou para Candreva obrigar Muslera a trabalhar. Não foi em uma jogada trabalhada no setor, no entanto, que a equipe italiana abriu o marcador na disputa pelo terceiro lugar.
Na saída de bola, Cáceres tentou coloca-la entre as pernas de Diamanti, perdeu e foi obrigado a cometer a falta. O próprio Diamanti fez a cobrança da direita e contou com falha de Muslera. A bola encobriu o goleiro e bateu em seu ombro antes de se oferecer para Astori em cima da linha, aos 23 minutos.
Percebendo as dificuldades de seu time na marcação e também na criação --- os chutes de longe eram a única arma, usada com enorme insistência ---, Óscar Tabárez fez um ajuste tático, passando Cáceres para o lado direito e adiantando Maxi Pereira. No 3-4-3, o Uruguai teve mais condições de preencher o meio-campo.
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A ideia da desgastada Itália, especialmente após o intervalo, era arrastar o jogo controlando a posse de bola. Poderia ter dado certo se Astori não tivesse errado na saída, aos 12 minutos da etapa final. Gargano aproveitou o vacilo, avançou bem e rolou para Cavani empatar.
O cansaço italiano fazia os campeões sul-americanos ganharem terreno. Buffon teve de trabalhar bem duas vezes antes de ver El Shaarawy, em má jornada, fazer uma rara boa jogada e ser calçado perto da meia-lua. Diamanti bateu bem a falta, e Muslera não alcançou a bola no canto esquerdo, aos 26.
A resposta foi relativamente rápida e novamente teve a participação do ótimo Cavani, que partiu para cima da marcação e foi derrubado por Aquilani na meia esquerda. Ele mesmo fez a cobrança, aos 32 minutos, e contou com certa colaboração de Buffon, já longe da melhor fase na carreira.
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A partir daí, os dois times não mostraram grande disposição para evitar os pênaltis. O Uruguai só foi ao ataque no segundo tempo da prorrogação, quando Montolivo cometeu falta em Suárez, levou o segundo cartão amarelo e ganhou descanso antes dos companheiros.
Sacramentado o empate, Forlán abriu a série de cobranças batendo no meio do gol e parando em Buffon. Aquilani, Cavani, El Shaarawy e Suárez converteram suas cobranças até De Sciglio cobrar mal, no canto direito de Muslera, que fez a defesa à meia altura.
Cáceres tinha a chance de pôr a Celeste na frente, mas pegou mal na bola e viu Buffon fazer a defesa no canto esquerdo. Giaccherini chutou com categoria e contou com mais uma defesa do experiente goleiro italiano, na batida de Gargano, para comemorar o terceiro lugar na Copa das Confederações.
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