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Medalhista de ouro do salto com vara no Mundial de Atletismo de Moscou, a russa Yelena Isinbayeva deu declaração polêmica na coletiva de imprensa após a cerimônia de premiação desta quinta-feira. Sem papas na língua, a atleta defendeu a lei antigay de seu país que tem recebido críticas ao redor do mundo e ameaça a realização dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi-2014.
“Estamos com muito medo em relação à nossa nação. Nos consideramos pessoas normais, dentro do padrão. Vivemos com homens ao lado de mulheres e mulheres ao lado de homens. Tudo deve ser assim, é histórico. Nós nunca tivemos problemas assim na Rússia, e não queremos ter no futuro”, afirmou a lenda do esporte.
A lei antigay da Rússia não permite que menores de 18 anos tenham informações sobre a homossexualidade. Além disso, também proíbe a adoção de crianças por casais do mesmo sexo, além de coibir qualquer tipo de manifestação a favor da união de pessoas do mesmo sexo.
Qualquer atleta, treinador ou torcedor gay ou defensor dos direitos dos homossexuais pode ser preso por até 14 dias e, depois, ser expulso do país. A lei gerou protestos durante o Mundial. As suecas Moa Hjelmer e Emma Green-Tregaro chegaram a pintar suas unhas com as cores do arco-íris, símbolo da bandeira homossexual. Já o norte-americano Nick Symmonds dedicou sua medalha de prata nos 800m livre a seus amigos homossexuais. O fato irritou Isinbayeva.
“É um desrespeito com o nosso país e nossos cidadãos. Nós, russos, somos diferentes do restante da Europa. Temos nossa casa e nossas leis, e todos devem respeitá-las. Inclusive, eu concordo com elas”, disparou. “Quando vamos a outros países, tentamos seguir suas regras”, conclui.
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