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Uma tragédia de 1985 volta à luz na Inglaterra, onde um livro sobre a tragédia de Valley Parade foi lançado nesta semana. O estádio do Bradford pegou fogo durante partida da Terceira Divisão nacional, matando 56 pessoas e ferindo mais de 200. Cerca de 30 anos após o ocorrido, novas provas questionam se o incêndio foi mesmo acidental.
As revelações foram feitas por Martin Fletcher, torcedor do Bradford que perdeu três gerações de sua família na tragédia. Ele investigou por 15 anos o incêndio que lhe tirou o irmão, o pai, um tio e o avô.
Fletcher conclui que o dono do clube à época, Stafford Heginbotham, esteve ligado a pelo menos outros oito incêndios de estabelecimentos comerciais ou propriedades nos 18 anos anteriores à tragédia. O autor não chega a alegar diretamente, mas questiona sobre o envolvimento do cartola. “Algum homem pode ser tão azarado quando Heginbotham foi?”, pergunta.
Estima-se que os seguros recebidos por todos os incêndios tenham gerado quantia que atualmente equivaleria a R$ 123 milhões. O inquérito da tragédia do Valley Parade saiu cinco dias após o incidente, concluindo que provavelmente o fogo começou com um cigarro caindo sobre o lixo que se acumulava debaixo da arquibancada.
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Fletcher questiona a conclusão das autoridades da época usando argumento da Estação de Pesquisa de Fogo, um órgão estatal. “As características do incêndio em Bradford fazem necessárias uma melhor compreensão do que a apresentada para o inquérito formal”, diz o novo documento.
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