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Incêndio que matou 56 torcedores há 30 anos pode ter sido proposital

As revelações foram feitas por Martin Fletcher, torcedor do Bradford, da Inglaterra, que perdeu três gerações de sua família na tragédia

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 15/04/2015 às 15:40

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Uma tragédia de 1985 volta à luz na Inglaterra, onde um livro sobre a tragédia de Valley Parade foi lançado nesta semana. O estádio do Bradford pegou fogo durante partida da Terceira Divisão nacional, matando 56 pessoas e ferindo mais de 200. Cerca de 30 anos após o ocorrido, novas provas questionam se o incêndio foi mesmo acidental.

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As revelações foram feitas por Martin Fletcher, torcedor do Bradford que perdeu três gerações de sua família na tragédia. Ele investigou por 15 anos o incêndio que lhe tirou o irmão, o pai, um tio e o avô.

Fletcher conclui que o dono do clube à época, Stafford Heginbotham, esteve ligado a pelo menos outros oito incêndios de estabelecimentos comerciais ou propriedades nos 18 anos anteriores à tragédia. O autor não chega a alegar diretamente, mas questiona sobre o envolvimento do cartola. “Algum homem pode ser tão azarado quando Heginbotham foi?”, pergunta.

Estima-se que os seguros recebidos por todos os incêndios tenham gerado quantia que atualmente equivaleria a R$ 123 milhões. O inquérito da tragédia do Valley Parade saiu cinco dias após o incidente, concluindo que provavelmente o fogo começou com um cigarro caindo sobre o lixo que se acumulava debaixo da arquibancada.

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Fletcher questiona a conclusão das autoridades da época usando argumento da Estação de Pesquisa de Fogo, um órgão estatal. “As características do incêndio em Bradford fazem necessárias uma melhor compreensão do que a apresentada para o inquérito formal”, diz o novo documento.

Torcedores tiveram que correr ao campo para fugir do fogo crescente na arquibancada; 56 não conseguiram (Foto: Divulgação)

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