Ivan Mola, criador do Hinos do Futebol Mundial / Reprodução
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É verdade que o hino de um gigante do futebol da Grécia cita o Santos de Pelé? O hino do São Paulo tem um trecho que parou de ser cantado com o tempo? Já o do River Plate é o mais bonito de todos? Essa e outras histórias sobre – como se pode perceber – hinos são contadas pela página Hinos do Futebol Mundial, que teve início pelo YouTube em 2013 (e conta com quase 1,5 milhão de visualizações até hoje) e agora começa a chamar a atenção pelo Instagram.
O idealizador é o diretor de arte paulistano Ivan Mola, que pegou paixão pelas músicas de exaltação aos clubes quando, ainda criança, achou na sua casa uma fita cassete que tinha o hino dos 13 maiores clubes brasileiros. A empolgação era tanta com a fitinha – lembre-se que não havia YouTube àquela época – que ele cantava o hino do Corinthians e do Palmeiras com a mesma empolgação que soltava a voz para a música do São Paulo, clube para qual torce.
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A chegada da internet foi fundamental para a expansão de seu repertório. “Passava horas buscando arquivos MP3 e queimava CDs que sempre me acompanham no discman enquanto ia para o colégio, faculdade e trabalho”, relembra Ivan, à reportagem da Gazeta.
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Para ele, o hino mais bonito do mundo é “El Más Grande”, do River Plate, da Argentina. Trata-se na verdade do hino adotado pela torcida, já que o hino oficial é outro. O fim da letra de “El Más Grande”, que ele considera muito forte, diz:
“Hasta que me muera te voy a alentar (Até que eu morro vou te apoiar)
Y si volviera de encarnar en otra vida (E se eu voltar a encarnar em outra vida)
No se por donde viviría, de que iría a trabajar (Não se onde iria viver, em que trabalharia)
Pero seguro que de River yo seria” (Mas com certeza do River eu seria)
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Já entre os hinos oficiais o seu preferido é Stern Südens, do Bayern de Munique, da Alemanha.
“Gosto do seu ritmo e sua estrutura, que trazem perguntas sobre ser o melhor e maior da Alemanha e o refrão, que simboliza bem a imortalidade de um clube e o que é o torcedor orgulhoso de sua equipe”, conta.
Já o pior de todos, diz ele, é o do Red Bul New York, dos Estados Unidos: “Não fala sobre futebol, não se entende o motivo”.
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E no Brasil?
Há um certo consenso sobre o hino do América, do Rio de Janeiro, ser o mais bonito do Brasil. Ivan também gosta da canção composta por Lamartine Babo, mas não considera a melhor do País.
“A música é bonita, sim, mas muita gente fala que é o hino mais bonito mais por lembrar do Tim Maia cantando ele no CD dos hinos da Placar – o que realmente ficou incrível. Muita gente esquece que pouco depois o Tim gravou o hino de todos os clubes cariocas também”, relembra.
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“No entanto, acho que nem dentro das obras de Lamartine Babo é a melhor. Como exemplo rápido, o hino do Fluminense, em que fala sobre cada cor é simplesmente incrível”.
Detalhe: além de América e Fluminense, Lamartine Babo – compositor histórico da música brasileira – também fez o hino de outros clubes do Rio: Flamengo, Botafogo, Vasco, Bangu, São Cristóvão, Olaria, Bonsucesso, Madureira e Canto do Rio. Todos foram compostos em 1949.
Questionado sobre qual o seu hino preferido do Brasil, ele pensou um pouco, e respondeu que gosta muito do Bahia, o hino surgido por ideia de torcedores do tricolor baiano na década de 1940 e composto por Adroaldo Ribeiro Costa, e que aumenta a paixão da torcida cada vez que é ouvido no estádio da Fonte Nova:
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“Vamos avante, esquadrão
Vamos, serás o vencedor
Vamos conquistar mais um tento
Bahia, Bahia, Bahia...”
Leia mais em: https://www.gazetasp.com.br/esportes/paulistano-revela-as-historias-incriveis-dos-hinos-de-futebol-do-mundo/1120029/
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