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Lauro não pegou o pênalti cobrado por João Paulo. Mas para quê? O goleiro da Portuguesa tinha algo maior destinado a ele na inusitada partida contra o Flamengo, nesta quarta-feira, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Lauro subiu para cabecear no desespero, nos acréscimos, e repetiu uma cena 10 anos depois, contra o mesmo oponente. O seu gol, em falha grotesca de Leonardo Moura, decretou o empate por 1 a 1, pela 12.ª rodada do Campeonato Brasileiro.
"Há 10 anos fiz um gol de cabeça no último minuto contra o Flamengo, 10 anos depois repeti o mesmo feito. Veio um filme na hora. Naquela situação deixamos a zona de rebaixamento por aquele ponto", vibrou Lauro, com os olhos marejados.
Mas, desta vez, a Portuguesa, que jogou com um a menos nos minutos finais, não saiu da zona perigosa. Com 9 pontos, continua entre os últimos. Mas, nas circunstâncias, diante de mais uma atuação fraca, o time paulista aceita de bom grado o pontinho que pode ser importante mais à frente, na luta contra o descenso.
Para os rubro-negros, um gosto amargo na boca. Depois de vislumbrar uma aproximação às primeiras posições (segue na parte intermediária da tabela de classificação), o Flamengo jogou no lixo dois preciosos pontos e chegou apenas a 14. "Pressionamos e conseguimos um gol. Sabíamos que seria uma partida truncada e difícil. Não poderíamos falhar na última bola e falhamos. Agora é pensar no Fluminense", disse Luiz Antônio.
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O volante rubro-negro se referia ao clássico de domingo, no Maracanã, quando os dois times lutarão para subir na tabela de classificação. Ambos têm 14 pontos e sofreram com empates nesta quarta. A diferença, os tricolores se salvaram no fim. Os rubro-negros se perderam no fim.
O primeiro tempo foi de amplo domínio flamenguista, com 70% de posse de bola, as chances foram criadas, mas Marcelo Moreno está machucado e Hernane não aproveitou a oportunidade de causar uma boa impressão no técnico Mano Menezes. Perdeu dois gols indesculpáveis, um em cada tempo, com chutes fracos de perna esquerda.
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A Portuguesa sofreu amplo domínio adversário e ameaçou apenas nas bolas paradas e no jogo aéreo, no que seria a arma para arrancar a igualdade. Antes, porém, Rogério e Gilberto perderam ótimas chances de cabeça a partir de cobranças de falta de Souza
Na segunda etapa, as mexidas dos técnicos foram para dar mais fôlego do que para modificar o panorama da partida. Aos 22 minutos, Felipe repôs a bola rapidamente e puxou o contra-ataque bem armado. Hernane foi derrubado por Ferdinando, em falta clara na área. João Paulo cobrou bem e converteu.
A partida parecia caminhar tranquila para o Flamengo, ainda mais depois de Ferdinando ser expulso no fim. Até Samir cortar mal, a bola ir para escanteio e Lauro acertar a cabeça na bola, revendo o filme que atormentou os flamenguistas há 10 anos.
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