Esportes

Gaviões da Fiel suspende torcedores envolvidos na briga em Brasília

No comunicado, a organizada lamenta “que uma minoria de torcedores, associados ou não, tenha usado o livre arbítrio para brigar nas arquibancadas do estádio”

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 30/08/2013 às 16:46

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Em nota publicada nesta sexta-feira, a Gaviões da Fiel, maior torcida organizada do Corinthians, anunciou a suspensão por tempo indeterminado dos torcedores Leandro Silva de Oliveira, Cleuter Barreto Barros e Raimundo César Faustino, que participaram da briga ocorrida no estádio Mané Garrincha, no último domingo, em partida contra o Vasco, válida pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro.

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Leandro Silva de Oliveira e Cleuter Barreto Barros ficaram presos em Oruro, na Bolívia, acusados pela morte do jovem Kevin Espada. Eles e Raimundo César Faustino, vereador de Franciso Morato, já haviam sido impedidos pela Federação Paulista de frequentar estádios de São Paulo por 90 dias.

“Informamos que estamos apurando as imagens e, se mais associados forem identificados, puniremos conforme rege nosso estatuto. Os torcedores responderão às autoridades devidas conforme previsto no Estatuto do Torcedor”, diz parte da nota.

No comunicado, a Gaviões lamenta “que uma minoria de torcedores, associados ou não, tenha usado o livre arbítrio para brigar nas arquibancadas do estádio”.

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Torcedores envolvidos na briga em Brasília foram suspensos pela Gaviôes da Fiel (Foto: Andressa Anholete/Agência Estado)

A torcida se posiciona de forma contrária à sua responsabilização pelo ocorrido. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal vetou a entrada da Gaviões pelo período de dois anos em estádios da capital federal. Além disso, o Ministério Público estuda a extinção da organizada.

“Éramos milhares de corintianos e centenas de membros dos Gaviões. Infelizmente, no momento do intervalo, no qual estávamos dispersos, uma minoria usou muito mal o livre arbítrio, aproveitando-se das facilidades do formato do estádio e do novo procedimento adotado no Mané Garrincha, de não manter divisão entre as torcidas”, cita o comunicado.

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Confira a íntegra da nota publicada pela Gaviões da Fiel:

A diretoria dos Gaviões da Fiel Torcida, vem por meio deste comunicado anunciar as medidas que serão adotadas inicialmente a respeito dos acontecimentos no jogo do último domingo no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Os associados Leandro Silva de Oliveira, Cleuter Barreto Barros e Raimundo César Faustino, serão suspensos do quadro associativo por tempo indeterminado enquanto ocorre a apuração dos fatos.

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Lamentamos que uma minoria de torcedores, associados ou não, tenha usado o livre arbítrio para brigar nas arquibancadas do estádio.

Informamos que estamos apurando as imagens e se mais associados forem identificados puniremos conforme rege nosso estatuto. Os torcedores responderão às autoridades devidas conforme previsto no Estatuto do Torcedor.

Entretanto, queremos esclarecer alguns pontos sobre os procedimentos da torcida adotados no jogo devido a tantas distorções e julgamentos sobre o último domingo.

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Conforme o Plano de Ação Preventivo desenvolvido pelos setores de segurança do Distrito Federal, honramos os horários combinados no dia do jogo. Chegamos com nossa caravana de associados em Brasília e fomos direto para a subsede que temos na capital federal. Conforme combinado, fomos escoltados, parados em local determinado pela PM para revista geral e encaminhados para o estádio.

Ficamos organizados no Mané Garrincha no local delimitado pelos organizadores. Lembrando que fomos organizados em diversos ônibus junto às demais torcidas do Corinthians que estiveram em Brasília, assim como corinthianos do Distrito Federal e cidades vizinhas.

Éramos milhares de corinthianos e centenas de membros dos Gaviões. Infelizmente, no momento do intervalo, no qual estávamos dispersos, uma minoria usou muito mal o livre arbítrio, aproveitando das facilidades do formato do estádio e o novo procedimento adotado no Mané Garrincha de não manter divisão entre as torcidas e entraram em confronto com torcedores vascaínos.

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Acreditávamos que a preocupação maior deveria ser no entorno do estádio e no trajeto. Como não tínhamos conhecimento do estádio, isso dificultou para sugerirmos procedimentos e posições aos agentes de segurança, além de um número maior de policiais nas arquibancadas e cordões de isolamentos com os mesmos como foi feito em outros jogos no estádio.

Como todos, fomos pego de surpresa e iremos apurar afim (sic) de não sermos condenados com a punição à entidade novamente. Por isso, apoiamos a mudança do parágrafo 39 do Estatuto do Torcedor, que responsabiliza a entidade por atos individuais de associados.

Lamentamos os fatos ocorridos, mas lamentamos também sermos responsabilizados pelos atos de uma minoria que aproveitaram (sic) do imaturo procedimento de segurança no interior do estádio.

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