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Pouco antes do fim da temporada 2013 da Formula 1, a Ferrari anunciou que não renovaria o contrato de Felipe Massa, que se encerrou em dezembro. Até o piloto ser contratado pela Williams, porém, o Brasil correu sérios riscos de não contar com nenhum piloto nacional na principal categoria de automobilismo do planeta. Algo que, para o bicampeão mundial Emerson Fittipaldi, “seria uma vergonha”. Em artigo escrito na edição de março da revista inglesa F1 Racing, o Rato admitiu alívio com a permanência de Massa na Formula 1.
“A Fórmula 1 sem um brasileiro teria sido uma grande vergonha, porque muitos pilotos talentosos do meu País deixaram sua marca na categoria ao longo das décadas. Campeões como Ayrton Senna e Nelson Piquet, mas também pilotos da minha época, como Carlos Pace, e outros de gerações posteriores, como Rubens Barrichello, ambos vencedores de GPs. É estranho pensar que depois de termos múltiplos pilotos brasileiros no grid, Felipe Massa seja nosso último representante”, escreveu Fittipaldi.
Emerson, aliás, foi um dos pioneiros da relação Brasil-Formula 1. Além de ter conquistado o primeiro título mundial da história do País, em 1972, ele – que conquistaria o segundo em 74 –abriu as portas para entradas de outros brasileiros na categoria. Assim aconteceu com Nelson Piquet e Ayrton Senna, por exemplo, que superariam em número os seus títulos na F-1– ambos foram tricampeões.
Atualmente, há somente um brasileiro na categoria: Felipe Massa, que por pouco não ficou sem equipe e teve de procurar outro rumo para a sua carreira. Para Fittipaldi, porém, o futuro reserva mais pilotos canarinhos para a principal categoria do automobilismo mundial. “Estas coisas tendem a ser cíclicas, e eu tenho certeza de que a próxima geração de brasileiros conseguirá retomar essa tradição. Há muitos jovens talentosos, como Felipe Nasr, tentando conquistar espaço no automobilismo”, acrescentou.
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Para finalizar, Emerson avaliou a nova equipe de Felipe Massa, a Williams. De acordo com o bicampeão mundial, o paulista conduzirá o plano de reestruturação do time de Grove. “Eu acho que ele e a Williams têm potencial para fazer um belo trabalho juntos. Felipe trará muita experiência da Ferrari, e eu penso que a equipe inglesa se beneficiará de ter um piloto tão experiente no cockpit”, declarou.
“Nos últimos anos, a Williams não teve alguém com experiência suficiente para ajudar a desenvolver um carro e explorar todo seu potencial, e Felipe trará exatamente isso, assim como informações sobre o método de trabalho da Ferrari. Mesmo com toda a evolução tecnológica nos carros de hoje em dia, as equipes ainda precisam de bons pilotos”, decretou Fittipaldi, que, após a pré-temporada, parece ter tido razão. Felipe Massa apresentou bom desempenho nas sessões de testes em Jerez de la Frontera e no Bahrein, terminando, inclusive, o último fim de semana com o melhor tempo da pista árabe.
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