Ferraz analisa mudanças e diz que Fernandes ainda tem voz no time

Bastou o Santos trocar de técnico que o time voltou a vencer. A vitória contundente por 3 a 0 em cima do Figueirense mexeu com os jogadores e a sintonia da comissão técnica, agora liderada por Dorival Jr, junto com Marcelo Fernandes e Serginho Chulapa, que levaram a equipe ao título Paulista, também parece contagiar o grupo.

"O Marcelo (Fernandes) já está há muito tempo, por isso não fica estranho. Já era dessa função. Se fosse outra pessoa, aí sim seria estranho. Sendo o Marcelo, não. É amigo de todos, no vestiário teve voz ativa da mesma forma. O mais importante foi o Santos vencer", comentou Victor Ferraz, que retornou à lateral direita na última rodada.

O jogador é o atleta do Peixe que mais entrou em campo nesta temporada e tem se destacado por sua polivalência. Muito elogiado pelo ex-técnico, Ferraz tenta encarar com maturidade o ‘rebaixamento’ de Marcelo Fernandes para o cargo de auxiliar técnico.

"Ele é muito querido. Mas sabemos que futebol é resultado. Não estávamos fazendo por onde. Muitas vezes, no Brasil, troca de comando é a solução. Veio um cara rodado, está conseguindo implantar seu trabalho, mas o Marcelo Fernandes fica com a gente, ajudando", explicou.

Empolgado, mas ainda dentro da zona de rebaixamento, o Santos terá a semana inteira para trabalhar de olho no clássico diante do Palmeiras, no Allianz Parque, no domingo. Já o Verdão terá de entrar em campo pela Copa do Brasil. Isso, porém, não influência em nada, garante Victor Ferraz.

"Vantagem não tem em clássico, mesmo com jogo na semana. Tudo antes do clássico não vale de nada. Quem erra menos vence", disse, pedindo ao time a mesma consciência tática de quando superou o próprio Palmeiras na decisão do Estadual.

"No Campeonato Paulista, uma das nossas maiores virtudes não era como a gente atacava, era como defendia. Não deixávamos o time adversário jogar. O Dorival resgatou isso. Não deixamos eles jogarem. Tínhamos um time novo e tem que aproveitar isso", avisou.