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Ao menos é o que garantiu Luca di Montezemolo, presidente da escuderia italiana, ao afirmar que o brasileiro terá que contribuir com a luta do seu companheiro pelo título
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Felipe Massa não permanecerá na Ferrari para a temporada 2014 da Fórmula 1, mas nem por isso deixará de ajudar o espanhol Fernando Alonso no restante do atual campeonato. Ao menos é o que garantiu Luca di Montezemolo, presidente da escuderia italiana, ao afirmar que o piloto brasileiro terá que contribuir com a luta do seu companheiro pelo título do campeonato.
"O time vai apoiar Alonso até o último metro e então nós, em cima disso, esperamos um grande final de temporada de Massa. Felipe é um menino excepcional e uma pessoa maravilhosa. Ele disse que não vai ajudar Fernando? Ah! Ele certamente irá nos ajudar no Mundial de Construtores e Alonso no de Pilotos", disse Montezemolo, em entrevista ao jornal esportivo italiano Gazzetta dello Sport.
O dirigente explicou que a decisão de não renovar o contrato de Massa se deu pela falta de bons resultados do brasileiro. "A relação era clara. Ele precisava de resultados e nós também. Ele conseguiu, mas foi inconstante, com grandes corridas, mas sem repetição. Em 2012, sentimos falta dos seus pontos nos construtores. A mudança de ares vai lhe fazer bem", afirmou.
Na Ferrari desde 2006, Massa chegou a ser vice-campeão da temporada 2008 da Fórmula 1, um ano depois de contribuir para a conquista do título mundial do finlandês Kimi Raikkonen, então seu companheiro de equipe e que já foi contratado para substituí-lo na escuderia italiana no ano que vem.
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Massa já auxiliou Alonso algumas vezes, sendo a principal delas no GP da Alemanha de 2010, quando cedeu a vitória ao piloto espanhol, que então lutava pelo título mundial. Mas, em entrevista para a TV Globo no último domingo, o brasileiro avisou que, como está de saída da Ferrari, vai mudar seu comportamento nas sete etapas que restam da temporada, começando pelo GP de Cingapura no domingo. "Agora vou para cima", avisou ele, descartando o papel de escudeiro do companheiro.
Após a disputa de 12 das 19 etapas da temporada 2013 da Fórmula 1, Massa é o sétimo colocado no Mundial de Pilotos, com 79 pontos. O campeonato é liderado pelo alemão Sebastian Vettel, da Red Bull, com 222 pontos, seguido por Alonso, que tem 169 pontos No Mundial de Construtores, a Ferrari está na segunda colocação, com 248 pontos, contra os 352 da Red Bull.
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Nova dupla
Na mesma entrevista, Montezemolo comentou sobre a contratação de Raikkonen. E tratou de compará-lo ao austríaco Niki Lauda, que ficou afastado da categoria por dois anos, em 1980 e 1981, mas depois retornou e conquistou o seu terceiro título mundial em 1984. O finlandês, por sua vez, deixou a Fórmula 1 em 2009, dois anos depois de ser campeão pela Ferrari, para retornar em 2012, pela Lotus, onde tem feito um ótimo trabalho, atraindo a atenção da antiga casa.
"O Raikkonen é um caso idêntico ao de Lauda. Mesmo Niki em um ponto, disse 'basta', porque estava cansado da Fórmula 1. Falei do irmão gêmeo de Kimi (em 2009, quando ele foi dispensado pela Ferrari), porque quem corria com a gente não era o mesmo que havia contratado. A parada foi boa, ele voltou no topo, ganhou e concluiu muitas corridas", disse Montezemolo.
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O dirigente avaliou que a chegada de Raikkonen será positiva para a Ferrari e também para Alonso. "Queria um piloto que não fizesse eu me arrepender de ter perdido Massa. Aqui está Raikkonen, ele vence, tem regularidade de desempenho, pódios... Alonso será o primeiro a se beneficiar e estou feliz. Ele está de volta entre nós, os funcionários da Ferrari receberam bem a notícia, porque ele deixou uma boa memória", afirmou o presidente da escuderia.
Ele garantiu que Alonso foi avisado da decisão da Ferrari de contratar Raikkonen e explicou que a equipe não poderia fazer uma aposta em um jovem piloto, pois isso não lhe garantiria a luta pelo título mundial em 2014. Além disso, minimizou o risco de conflito entre os dois pilotos, ambos campeões da Fórmula 1.
"Nós não somos tão masoquista para contratar um piloto sem informar Alonso. Fernando sempre esteve consciente da escolha por Raikkonen e que a alternativa de um jovem não daria certezas em relação ao Mundial de 2014. Raikkonen hoje é um dos mais fortes entre todos eles, com Alonso, Vettel e Hamilton. E Alonso é o primeiro a estar feliz com a sua chegada", reiterou.
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