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Enderson Moreira parece ter encontrado o substituto de Alison, que praticamente perderá toda a temporada por causa de uma grave lesão no joelho direito. O colombiano Valencia, que chegou ao clube no início do ano, teve sua primeira chance no último domingo e deve continuar no time, de acordo com os treinamentos da semana. Diante disso, os jovens Leandrinho e Lucas Otávio, que também foram testados pelo técnico, seguem como suplentes.
"Acho que foi bom jogo, mas tem muita coisa para melhorar. Foi meu primeiro jogo aqui no Santos e espero continuar fazendo um bom trabalho", comentou o jogador, que acabou substituído aos 20 minutos da segunda etapa, contra o Linense. "Foi um pedido meu durante o jogo. A minha saída já fazia parte da preparação. Mais dois jogos e terei condição de jogar os 90 minutos", explicou.
Pelo Atlético-PR (de 2007 a 2010) e pelo Fluminense (de 2010 a 2014), Valencia sempre se destacou pelo forte poder de marcação e por se doar em campo. Porém, o que pouca gente sabe, é que o colombiano sonhava em ser atacante no início da carreira e, por isso, sempre teve um grande avançado brasileiro como referência.
"Meu ídolo era o Ronaldo. Quando eu era pequeno eu fazia muito gol, bem anteriormente. Sempre fui atacante. Por isso eu gostava do Ronaldo. Depois mudei de posição e complicou", revelou, aos risos, logo após mais um treino no CT Rei Pelé.
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E não é só Ronaldo que Valencia viu brilhar da Colômbia. Hoje companheiro de Robinho, o volante assistiu de perto a memorável partida do camisa 7 contra o América de Cali, pela primeira fase da Copa Libertadores da América, em 2003.
"Eu lembro, porque depois daquele jogo ele aposentou o lateral direito. Nunca mais jogou. Eu estava na base (do América) e estava no estádio. Todo o estádio aplaudiu o Santos e o Robinho", contou o atleta de 29 anos, que na época tinha apenas 18. "Ainda não falei com o Robinho. Falei com o Elano. Ficar recordando aquelas coisas contra meu time é difícil", disse, novamente arrancando muitas risadas dos jornalistas.
Na ocasião, o Peixe venceu o time colombiano, fora de casa, logo na estreia do torneio continental, por 5 a 1. Os gols santistas foram marcados por Léo, Alex, dois de Ricardo Oliveira e Diego. Robinho distribuiu dribles como chapéu, elástico e muitos de seu vasto repertório e chutou uma bola na trave, tudo isso até ser substituído por Nenê, já na etapa complementar.
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Radicado
Desde 2007 no futebol brasileiro, Valencia é o jogador estrangeiro que está há mais tempo atuando na elite nacional. Mesmo assim, o volante ainda encontra dificuldades com a língua.
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"Estou tentando. É difícil falar tudo, mas entendo bem. É mais fácil escutar”, explicou, antes de se render ao país pentacampeão. “O futebol brasileiro é conhecido mundialmente e passa na Colômbia. Para mim, sempre foi um sonho chegar ao futebol do Brasil. Cheguei no Atlético-PR, as coisas deram certo e continuo aqui até hoje", completou.
Com a experiência de quem atuou por anos no Paraná e no Rio de Janeiro, Valencia já consegue comparar os campeonatos Regionais e garante que o Paulistão tem realmente um nível superior.
"É muito mais difícil de jogar. Acho que o nível do Paulista é bastante alto. Sobre os grandes estarem se sobressaindo, tem muito da pré-temporada, que os times grandes tiveram tempo para fazer", analisou o jogador, que está há pouco tempo no alvinegro praiano, mas começa a conquistar seu espaço no time e a confiança do torcedor.
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