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Um fato inusitado, para não dizer chocante, aconteceu na noite desta terça-feira, na reunião do Conselho Deliberativo do Santos. A Comissão de Inquérito e Sindicância do clube não conseguiu dar andamento às investigações sobre o famoso caso dos ‘sócios fantasmas’, que tumultuaram o período de pré-eleições, no fim do ano passado. Isso porque o ex-presidente da própria CIS, Roberto Mohamed Amin Junior, simplesmente sumiu com toda a documentação.
Alguns Conselheiros presentes ficaram incrédulos. Segundo o relatório apresentado nesta terça, Mohamed foi notificado três vezes a comparecer e/ou entregar o processo, mas ignorou todos os chamados. Com isso, o plenário entrou em votação e decidiu expulsar o presidente Comissão de Inquérito e Sindicância da gestão Odílio Rodrigues.
O caso das carteirinhas foi revelado em agosto de 2014. Membros da oposição denunciaram a emissão de seis mil carteiras de ‘sócios-fantasmas’, supostamente produzidas para fraudar a eleição presidencial do clube. Dentre os “associados” fictícios estavam o ex-ditador chileno Augusto Pinochet, o mafioso Al Capone e até personagens como Vito Andolini, o “Dom Corleone”. A investigação interna do clube, porém, apresentou documentos ligando os nomes aos próprios oposicionistas. O assunto foi parar na polícia.
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Em outra votação, também na noite deste terça, o ex-conselheiro José Ananias da Silva foi suspenso por sete meses. Sócio do clube há mais de 30 anos, Ananias foi flagrado fraudando as eleições para favorecer seu candidato à época, Nabil Khaznadar, que era apoiado pela antiga situação, comandada por Odílio Rodrigues.