Continua depois da publicidade
O falecimento de Zito na noite de domingo chocou a cidade de Santos e, principalmente, os ex-amigos e companheiros do Eterno Capitão do Peixe. Na manhã desta segunda-feira, muitos compareceram ao velório do ex-volante, que tinha 82 anos e acabou falecendo por insuficiência respiratória. Quem não pôde comparecer no Memorial Necrópole de Santos prestou sua homenagem de outras formas, como Neymar, que fez um post na internet, e Pelé, que enviou uma coroa de flores para a cerimônia.
“Só me lembro de coisas boas. Ele era o nosso grande capitão. Infelizmente, essa é uma das verdades que existem no mundo. Hoje estamos aqui e amanhã não sabemos. São lembranças importantes pelo o que ele foi com a gente, tanto no Santos, quanto na Seleção. Perdemos o nosso grande capitão. Resumindo: ele era um p*** cara”, falou Coutinho.
Continua depois da publicidade
“Um amigo, no qual eu tive muitas alegrias. Para mim, ele foi o grande mestre de tudo aquilo que eu aprendi dentro do esporte. Foi exatamente no Zito que eu procurei me espelhar e uma das lembranças inesquecíveis que eu tenho ao lado do Zito, pelo exemplo de homem e caráter que ele era, foi a seguinte: em determinado momento, começo da minha carreira, apenas com 17 anos de idade, nem poderia imaginar o que aconteceu comigo. Eu jogando ao lado do Zito na Vila Belmiro, na época o Antônio Fernandes era nosso técnico e já tinha me dado a camisa 8. Lógico que a 5 era do Zito. E, de repente, o Zito vem em minha direção e pede para que eu troque a camisa com ele. E simplesmente diz: ‘essa camisa à partir de hoje é tua’. Essas coisas tocam, marcam esse grande capitão, meu mestre”, contou Clodoaldo, o Corró.
José Ely de Miranda, o Zito, esteve internado na Santa Casa de Santos por 32 dias ano passado. Recebeu alta em agosto, mas seguiu com tratamento em casa. Vale lembrar que, em julho, o ex-jogador sofreu um AVHC (Acidente Vascular Hemorrágico Cerebral). Segundo o filho do ex-capitão santista, seu pai já sofria de problemas respiratórios há dois meses.
“Eu acho que foi uma perda, por mais anunciada que fosse, foi uma perda lamentável. Nós perdemos um ídolo, um amigo, perdemos uma parte da história. O Zito representa muita coisa, representa o time do sonhos, representa a liderança, representa Clodoaldo, representa Robinho, representa Diego, representa Neymar, o descobridor, o líder, o comandante, acho que o Zito representa tudo isso”, comentou o presidente Modesto Roma Jr, chorando, ao chegar para a cerimônia.
Continua depois da publicidade
O velório, que foi reservado apenas para amigos e familiares, perdurou até às 13 horas. Após isso, o cortejo passou pela Vila Belmiro, onde uma bateria de fogos homenageou o ex-jogador. Em seguida, depois de muitos aplausos das pessoas acompanhavam tudo mesmo debaixo de chuva, o corpo seguiu para Roseira, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, cidade natal de Zito e local onde acontecerá o enterro.
História
Continua depois da publicidade
Antes de chegar ao Santos, onde disputou 727 partidas – e balançou as redes em 57 oportunidades – José Ely de Miranda, mais conhecido por Zito, atuou no Taubaté, time que se profissionalizou.
Pela Seleção Brasileira, conquistou duas Copas do Mundo, em 1958 e 1962. Defendendo o Alvinegro praiano, foi dez vezes campeão estadual (1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967 e 1968), pentacampeão da Taça Brasil (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965) e tricampeão do Rio São Paulo (1959, 1962 e 1964). Seu vasto e vitorioso currículo ainda conta com bicampeonatos da Libertadores e Mundial (1962 e 1963).
Continua depois da publicidade