Esportes

Ex-companheiros de Zito se emocionam em velório do “Eterno capitão”

Na manhã desta segunda-feira, muitos compareceram ao velório do ex-volante, que tinha 82 anos e acabou falecendo por insuficiência respiratória

Publicado em 15/06/2015 às 13:07

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O falecimento de Zito na noite de domingo chocou a cidade de Santos e, principalmente, os ex-amigos e companheiros do Eterno Capitão do Peixe. Na manhã desta segunda-feira, muitos compareceram ao velório do ex-volante, que tinha 82 anos e acabou falecendo por insuficiência respiratória. Quem não pôde comparecer no Memorial Necrópole de Santos prestou sua homenagem de outras formas, como Neymar, que fez um post na internet, e Pelé, que enviou uma coroa de flores para a cerimônia.

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“Só me lembro de coisas boas. Ele era o nosso grande capitão. Infelizmente, essa é uma das verdades que existem no mundo. Hoje estamos aqui e amanhã não sabemos. São lembranças importantes pelo o que ele foi com a gente, tanto no Santos, quanto na Seleção. Perdemos o nosso grande capitão. Resumindo: ele era um p*** cara”, falou Coutinho.

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Cortejo passará pela Vila Belmiro, onde uma bateria de fogos está programada para homenagear o ex-jogador (Foto: Luiz Torres/DL)

“Um amigo, no qual eu tive muitas alegrias. Para mim, ele foi o grande mestre de tudo aquilo que eu aprendi dentro do esporte. Foi exatamente no Zito que eu procurei me espelhar e uma das lembranças inesquecíveis que eu tenho ao lado do Zito, pelo exemplo de homem e caráter que ele era, foi a seguinte: em determinado momento, começo da minha carreira, apenas com 17 anos de idade, nem poderia imaginar o que aconteceu comigo. Eu jogando ao lado do Zito na Vila Belmiro, na época o Antônio Fernandes era nosso técnico e já tinha me dado a camisa 8. Lógico que a 5 era do Zito. E, de repente, o Zito vem em minha direção e pede para que eu troque a camisa com ele. E simplesmente diz: ‘essa camisa à partir de hoje é tua’. Essas coisas tocam, marcam esse grande capitão, meu mestre”, contou Clodoaldo, o Corró.

José Ely de Miranda, o Zito, esteve internado na Santa Casa de Santos por 32 dias ano passado. Recebeu alta em agosto, mas seguiu com tratamento em casa. Vale lembrar que, em julho, o ex-jogador sofreu um AVHC (Acidente Vascular Hemorrágico Cerebral). Segundo o filho do ex-capitão santista, seu pai já sofria de problemas respiratórios há dois meses.

José Ely de Miranda, o Zito, esteve internado na Santa Casa de Santos por 32 dias ano passado. Recebeu alta em agosto, mas seguiu com tratamento em casa (Foto: Tiago Salazar/DL)

“Eu acho que foi uma perda, por mais anunciada que fosse, foi uma perda lamentável. Nós perdemos um ídolo, um amigo, perdemos uma parte da história. O Zito representa muita coisa, representa o time do sonhos, representa a liderança, representa Clodoaldo, representa Robinho, representa Diego, representa Neymar, o descobridor, o líder, o comandante, acho que o Zito representa tudo isso”, comentou o presidente Modesto Roma Jr, chorando, ao chegar para a cerimônia.

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O velório, que foi reservado apenas para amigos e familiares, perdurou até às 13 horas. Após isso, o cortejo passou pela Vila Belmiro, onde uma bateria de fogos homenageou o ex-jogador. Em seguida, depois de muitos aplausos das pessoas acompanhavam tudo mesmo debaixo de chuva, o corpo seguiu para Roseira, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, cidade natal de Zito e local onde acontecerá o enterro.

O velório, que foi reservado apenas para amigos e familiares, perdurou até às 13 horas (Foto: Matheus Tagé/DL)

História

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Antes de chegar ao Santos, onde disputou 727 partidas – e balançou as redes em 57 oportunidades – José Ely de Miranda, mais conhecido por Zito, atuou no Taubaté, time que se profissionalizou.

Pela Seleção Brasileira, conquistou duas Copas do Mundo, em 1958 e 1962. Defendendo o Alvinegro praiano, foi dez vezes campeão estadual (1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967 e 1968), pentacampeão da Taça Brasil (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965) e tricampeão do Rio São Paulo (1959, 1962 e 1964). Seu vasto e vitorioso currículo ainda conta com bicampeonatos da Libertadores e Mundial (1962 e 1963). 

 

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