Esportes

Érika perde para rival do Kosovo e fatura prata no Mundial de Judô

A judoca foi até a final da categoria até 52kg, mas terminou com a medalha de prata depois de ser derrotada, por um ippon de finalização

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 27/08/2013 às 20:55

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Ainda não foi nesta terça-feira que o judô feminino do Brasil conquistou a sua primeira medalha de ouro em Mundiais. Érika Miranda foi até a final da categoria até 52kg no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, mas terminou com a medalha de prata depois de ser derrotada, por um ippon de finalização, por Majlinda Kelmendi, atleta do Kosovo que lidera o ranking mundial.

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A medalha de Érika é a segunda do Brasil no Mundial. Na última segunda, Sarah Menezes conquistou o bronze na categoria até 48kg. Outras seis brasileiras irão lutar nos próximos quatro dias. No domingo acontece a disputa por equipes.

De qualquer forma, a prata é a primeira medalha de expressão na carreira de Érika, que já tem oito medalhas continentais, mas só foi uma vez campeã pan-americana, no ano passado. Em 2013, ficou apenas com o bronze. Até então, sua única grande conquista havia sido o Grand Slam de Moscou, no ano passado. Este ano, foi vice-campeã na Rússia.

"Minha vitória foi pessoal. Hoje eu consegui uma medalha. Meu objetivo era subir no pódio. Tem muitas vezes que eu estava batendo na trave, faltava uma medalha grande. Essa valeu", disse Érika, com dificuldades, atrapalhada pelo choro intenso, em entrevista ao SporTV.

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Mas, na final do Mundial, a brasileira não foi páreo para Majlinda Kelmendi. A brasileira foi a primeira a receber uma punição, no segundo minuto de luta. Em vantagem, Kelmendi deixou de atacar e também recebeu um shido. Mas, a 1 minutos e 20 segundos do fim da luta, a kosovar conseguiu derrubar a brasileira e ganhou um wazari. Na sequência, se manteve por cima para garantir o ippon.

Érika Miranda faturou a prata no Mundial de Judô (Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)

"Judô é assim mesmo. Até no último segundo pode ganhar, pode perder. Ele era uma adversária forte, a gente não pode cometer esses erros", disse Érika, explicando sua falha. "Andei para trás, não podia andar para trás com ela. No único momento que eu andei para trás ela venceu".

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Nascida em Brasília, Érika construiu a sua carreira no Minas Tênis Clube. Defendeu a equipe de Belo Horizonte entre 2006 e 2012, rumando para o Flamengo na véspera dos Jogos Olímpicos de Londres. Na Gávea, passou a ser treinada por Rosicleia Campos, que já era sua técnica na seleção brasileira.

Érika, porém, foi dispensada pelo clube carioca quando Eduardo Bandeira de Mello assumiu a presidência e acabou com a equipe de judô adulto. Ficou todo o primeiro semestre sem clube e há duas semanas anunciou a sua volta para o Minas.

No ginásio do Maracanãzinho, a brasileira disputou o seu quinto Mundial. Havia sido sétima colocada no Rio/2007 e em Tóquio/2010 Caiu nas oitavas de final em Paris/2011 em Roterdã/2009.

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Majlinda Kelmendi também fez história. Com o ouro, ela se tornou a primeira atleta a ganhar uma medalha em Campeonato Mundial para Kosovo, país que é reconhecido pela Federação Internacional de Judô (IJF), mas não pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Por conta disso, ela disputou a Olimpíada com a bandeira da Albânia, terminando em nono.

Campanha

A medalhista de prata iniciou a campanha dela no Mundial contra a holandesa Birgit Ente, número 43 do ranking. Em uma luta difícil, conseguiu a vitória apenas a 16 segundos do fim, com um ippon. Na sequência, a adversária foi a russa Natália Kuziutina, vencida apenas por conta de a brasileira ter menos advertências depois de cinco minutos de luta.

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Diante da finlandesa Sundberg, quarta do ranking, Érika mostrou-se mais combativa no início e viu a finlandesa receber a primeira punição. Em desvantagem, a europeia teve que procurar o golpe e abriu espaço para a brasileira, que primeiro pontuou com um yuko e em seguida conseguiu um belo ippon, com 2 minutos e 52 segundos de luta.

Na semifinal, se vingou da romena Andreaa Chitu, responsável por eliminá-la do Mundial de Tóquio, há dois anos. Com o apoio da torcida, a brasileira foi agressiva, tentou o golpe a luta toda, e acabou vencendo a europeia com um wazari dado depois de três minutos e meio de luta. Depois, praticamente não foi ameaçada.

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