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Enterro de Nilton Santos reúne lendas do futebol no Rio de Janeiro

Morto aos 88 anos, de uma infecção pulmonar, as lembranças fugiam-lhe nos últimos anos. Mas a memória do maior lateral-esquerdo da história não se apagará

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 28/11/2013 às 18:10

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Nilton Santos foi enterrado na tarde desta quinta-feira no Rio de Janeiro, sob sol forte e entusiasmo de igual intensidade. Seu legado permanecerá vivo. Um homem de jeito humilde e que gostava de compartilhar o profundo conhecimento do futebol, que lhe rendeu o epíteto de "Enciclopédia". Morto aos 88 anos, de uma infecção pulmonar, as lembranças fugiam-lhe nos últimos anos. Mas a memória do maior lateral-esquerdo da história não se apagará.

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Antes de partir rumo ao cemitério São João Batista, em Botafogo, bairro que carrega o nome do único clube que amou e representou em sua carreira, Nilton Santos foi velado por campeões como ele. Zagallo era o mais emocionado, companheiro de Botafogo e dos títulos mundiais de 1958 e 1962. Abatido, mas com a voz ainda firme, despediu-se do amigo rapidamente. "Era uma verdadeira enciclopédia. Ele deixará essa alegria que vemos aqui. Que Deus o abençoe".

Amarildo, outro privilegiado por dividir seus melhores anos com Nilton Santos, também se deixou emocionar com o adeus ao amigo. O Possesso, atacante que tomou a cena inesperadamente na Copa do Mundo de 1962, ao substituir o lesionado Pelé, disse que guardaria como lembrança do maior dos camisas 6 a gentileza e a presteza em ajudar os novatos.

Nilton Santos foi enterrado na tarde desta quinta-feira no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)

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"Eu tive a melhor universidade de futebol que um jovem poderia ter. Eu cheguei ao Botafogo em 1958, num time que tinha Nilton Santos, Garrincha, Zagallo e Didi. Aprendi tudo com eles. O Nilton estava sempre disponível para dividir seu conhecimento", comentou Amarildo.

E tal traço era destacado por todos que conviveram com Nilton Santos, dentro ou fora de campo. Um homem de hábitos simples e sempre disposto a compartilhar o melhor de si com os outros. "Meu primeiro encontro com o Nilton foi num jogo entre Botafogo e Fluminense. Eu tinha 19 anos e tive uma vontade grande de pedir um autógrafo, mas não era a melhor ocasião", revelou Carlos Alberto Torres, que teve a honra de dividir posteriormente um mesmo palco com o botafoguense, ao receberem diplomas da Fifa de os maiores laterais do século 20.

Cerca de 200 pessoas acompanharam o cortejo até o cemitério, da sede de General Severiano até o cemitério, uma distância curta percorrida em carro do Corpo de Bombeiros. Sob o hino do Botafogo, com uma bandeira alvinegra a lhe servir de abrigo, Nilton Santos foi sepultado.

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