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Enderson "tira o chapéu" para Ricardo Oliveira e minimiza jejum

O atacante chegou ao clube com um contrato que vale apenas até o fim do Campeonato Paulista e precisa mostrar serviço com a camisa 9

Publicado em 02/03/2015 às 11:19

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Centroavante vive de gols. A frase é batida e rotineiramente sai da boca dos próprios atletas que desempenham a função. No Santos, porém, o jargão não tem o mesmo peso.

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Ricardo Oliveira chegou ao clube com um contrato que vale apenas até o fim do Campeonato Paulista e precisa mostrar serviço com a camisa 9. Até aqui, porém, o jogador de 34 anos marcou apenas um gol, em cobrança de pênalti, contra o Red Bull Brasil, ainda na 3ª rodada. Entretanto, sua voluntariedade para a equipe já é o suficiente para arrancar elogios do técnico Enderson Moreira.

“No Brasil, a gente tem a valorização apenas de quem faz os gols. O Ricardo Oliveira, para a equipe, é fantástico. Cria situações, tem ajudado muito”, ressaltou o treinador, usando a partida deste domingo, contra o Linense, como exemplo. “Tiro o chapéu para ele porque, mesmo com mais idade, ele consegue ter uma força física, potência, velocidade. No terceiro gol, ele ganha a jogada, dá o passe e ainda chega para completar. Tem desempenhado muito bem sua função. Isso (jejum) é fase, daqui a pouco passa”, completou, ignorando a falta de gols do jogador na competição.

Ricardo Oliveira iniciou a temporada na reserva. Thiago Ribeiro, afastado por causa de uma tendinite patelar no joelho e com o nome cogitado para deixar o clube, era o titular. Agora, o centroavante passa a conviver com a sombra de Gabriel, que retornou ao alvinegro praiano com fome de bola, após servir a seleção brasileira Sub-20 e com o histórico de ter colocado Leandro Damião no banco de reservas antes de terminar a temporada de 2014 como artilheiro da equipe.

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Centroavante balançou as redes só uma vez nessa volta ao Santos (Foto: Mauricio de Souza/DL)

Mas, por ora, Ricardo Oliveira tem crédito com o comandante do elenco e chegou até a ser usado como exemplo para Gabriel.

“O trabalho do Ricardo Oliveira no jogo é uma coisa absurda. O que ele marca, dá opção, finaliza, disputa bola em cima... são essas questões que a gente está buscando em um menino que tem potencial, mas está brigando pela posição”, explicou Enderson, sempre crítico à principal característica do jovem atacante, exímio finalizador, mas de pouca obediência tática.

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Na próxima rodada, diante do Botafogo, em Ribeirão Preto, provavelmente Ricardo Oliveira e Gabriel atuarão juntos. O técnico do Peixe já esclareceu que não vê o camisa 10 apenas atuando na referência do ataque e pode dar uma chance para Gabriel na vaga de Robinho, suspenso após levar o terceiro cartão amarelo diante do Linense. O capitão santista foi advertido pelo árbitro por ter subido à grade na comemoração de seu primeiro gol.

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