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Enderson desabafa sobre Damião: “Não sei que ele fez de tão ruim”

Ao chegar para ocupar a vaga de Oswaldo de Oliveira, Ednerson Moreira admitiu que recuperar Leandro Damião era um de seus objetivos, já que o jogador estava vivendo uma temporada muito ruim

Publicado em 21/10/2014 às 16:15

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Gabriel ou Damião? Talvez essa tenha sido a questão que o técnico Enderson Moreira tenha respondido, ou ao menos tentado, mais vezes desde que chegou ao Santos. E, nesta terça-feira, durante entrevista no programa Arena Sportv, o treinador acabou desabafando sobre a constante cobrança principalmente em cima de seu camisa 9.

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“Respeito a opinião de todo mundo, mas não dá para entender o que o Damião fez  de tão ruim assim para as pessoas”, disse o técnico do Peixe. “Um menino bom, um grande atleta, trabalhador. Ele não chegou à seleção brasileira, ele não chegou ao Internacional à toa. Foi fruto do trabalho dele. Assim como todo atleta profissional, tem momentos bons e momentos de dificuldade. Nesses momentos de dificuldade a gente não pode abandonar o atleta. É muito fácil eu encostar o Damião no canto e dizer que ele não joga mais. O difícil é fazer com que ele tenha novamente confiança de fazer aquilo que ele pode fazer. E esse é o meu desafio, o meu desafio é tirar o máximo de cada atleta sempre”, explicou Enderson Moreira.

Ao chegar para ocupar a vaga de Oswaldo de Oliveira, Ednerson Moreira admitiu que recuperar Leandro Damião era um de seus objetivos, já que o jogador estava vivendo uma temporada muito ruim e acabara sendo colocado no banco de reservas pelo seu antecessor. Entretanto, Enderson garante que não tem qualquer tipo de interferência da diretoria para escalar o jogador que custou R$ 42 milhões – a maior transferência entre clubes brasileiros da história.

Gabriel é o artilheiro do Peixe na temporada com 19 gols, enquanto Damião tem apenas 9 (Foto: Ricardo Saibun)

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“Aqui no Santos, de uma maneira muito tranquila, o presidente, assim como Comitê Gestor, me deram total liberdade. O presidente foi muito claro comigo: ‘Enderson, você não vai me ver no CT, a não ser que você ache necessário uma palavra minha’. É uma coisa que não cabe, não dá para conceber. Antes de acertar com o Grêmio, eu já tinha tido uma sondagem do Santos, anteriormente a vinda do Oswaldo (de Oliveira). Então, já tinha, de alguma forma, uma atenção ou talvez de admiração pelo trabalho. E de maneira alguma houve algum tipo de imposição”, contou o treinador, antes de completar. “A responsabilidade da equipe e da escalação é única e exclusivamente minha. Apesar que eu discuto essa escalação ou a convocação de atletas, a formatação da equipe com os meus auxiliares. E são decisões única e exclusivamente minhas”.

O principal questionamento em cima de quem deve ser titular do Santos acontece muito em função dos números. Gabriel é o artilheiro do Peixe na temporada com 19 gols, enquanto Damião tem apenas 9. Porém, na visão de Enderson, as coisas não são tão simples assim.

“O que eu não consigo conceber é que nós estamos em 12, 13 jogos (à frente do Santos) e o Gabriel também teve dificuldades, o Gabriel nos últimos dois jogos que conseguiu fazer os gols, ele também não vinha em uma fase tão boa (ficou 10 jogos sem marcar). O Damião fez dois ou três gols nesse período que eu estou aqui, não dava para cravar nenhum nem outro. Era uma posição aberta”, explicou, admitindo as diferenças e qualidades dos dois atletas. “Com o Damião a gente ganha no jogo aéreo, o Damião fez um gol contra o Bahia e foi importantíssimo, foi um gol que cravou três pontos, assim como o Gabriel fez gols agora contra o Botafogo, contra o Palmeiras. Então, são situações que a gente vai utilizando de acordo com o que a gente acha mais interessante. Muda a característica da equipe, sim”, concluiu.

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